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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Aprendendo sobre família com o Pai do Filho Pródigo - Parte 1


  • Nem tudo na família sai
como nós PLANEJAMOS.

“Planejar é imprescindível, mas isso não quer
dizer que não haverá risco no caminho”.

Nenhum pai com o perfil do caráter do pai do “filho pródigo” pensa em gerar alguém que se transforme num filho para ser um rebelde, alcoólatra, homossexual, traficante, drogado, prostituta, criminoso, assassino, estelionatário etc.
No ano de 2002, saiu em toda a imprensa uma notícia que chocou o Brasil. Uma jovem universitária, filha de um casal de classe média alta, planejou com o namorado a morte dos pais. Enquanto o namorado e o irmão dele assassinavam o casal a golpes de pauladas, a filha aguardava os criminosos em uma outra parte da casa. Nenhum pai, por mais ignorante que seja, cria os filhos para se transformarem em seus próprios “assassinos”.
Cada filho que nasce é como um sonho que enche os pais de expectativas positivas. O filho mais novo da parábola que estamos citando era um dos projetos do pai sonhador. A maneira como aquele pai tratava os dois filhos em meio às contradições comportamentais deles revela as intenções do seu coração.
Eu, particularmente, como pai, tenho feito grandes investimentos na vida dos meus filhos. Isto revela muito daquilo que eu desejo para eles no futuro. Os pais quase sempre pensam e agem assim. Porém, quando lemos uma história semelhante a essa, contada por Jesus, onde o filho caçula se rebela, declarando que, entrelinhas, “deseja a morte do próprio pai”, a pergunta que muitos fazem é: esse filho tinha motivos para agir assim? O que pode levar um filho a tomar uma atitude como essa? Onde os pais erraram?
Fazendo uma análise detalhada do texto, concluímos que ele tinha mais motivos de sobra para nunca desejar sair de casa, para nunca se rebelar: 1) Ele tinha um pai incrível. A maior prova disso está no que ele diz quando toma a decisão de voltar: “Levantar-me-ei e irei ter com o meu pai...” (Lc 15.18); e vou pedir perdão; 2) Ele tinha uma casa para onde voltar todos os dias (Lc 15.25); 3) Ele tinha um campo cheio de novilhos (Lc 15.23); 4) Ele tinha empregados (Lc 15.17); 5) Ele tinha acesso à música (Lc 15.25).
A pessoa que possui tudo isso dentro do próprio lar tem motivos de sobra para querer morar ali, receber o carinho e a atenção que lhe são oferecidos dia após dia. Possui motivos para ser um filho completamente dedicado e apaixonado por esse pai, e ainda se “esbaldar” com os benefícios financeiros que lhe poderiam promover bem-estar físico. Ou seja, dentro daquele lar, com um pai maravilhoso, esse filho mais novo poderia se sentir completamente feliz e saudável, emocionalmente falando. Mas as coisas nem sempre funcionam assim!
Eu já encontrei muitos pais se questionando: “Deus, por que meu filho não se comporta adequadamente, não “anda” de acordo com o que seria considerado correto, se eu procurei fazer o melhor que pude? Onde eu errei?”
No meu caso, à semelhança de muitos, eu também estou procurando fazer o melhor que posso para os meus filhos. No entanto, não podemos nos esquecer: a decisão da escolha da vida que eles querem cabe a eles – os filhos – e não a nós, os pais. Nenhum pai pode tomar decisão alguma no lugar dos filhos. Nem Deus interfere na escolha do homem: é a Lei do Livre-Arbítrio. O que podemos fazer é ensinar e orar, para que Deus dê aos nossos filhos sabedoria e discernimento na hora de tomar decisões relevantes na vida.
Lembre-se, o pai de Sansão planejou o melhor para o filho, mas as coisas não saíram como ele esperava. O pai de Judas Iscariotes com certeza não gerou o filho para ser o traidor de Jesus. O pai de Saul nunca imaginou que o seu filho teria aquele fim (suicidou-se). O pai do Rei Manassés não gerou um filho para ter atitudes monstruosas, como aconteceu. Por isso, a Parábola do Filho Pródigo nos ensina justamente isto: nem tudo na família sai como nós planejamos.

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