Seguidores

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sara




(Seu nome significa “líder” ou “princesa”)

Seu caráter:
Bela o bastante para ser cobiçada por reis no mundo antigo, ela sabia também ser obstinada e ciumenta. Sara foi, todavia, uma esposa leal e correta, que não cedeu ao seu medo.

Seu sofrimento:
Não ter tido filhos durante a maior parte de sua vida.

Sua alegria:
Ter dado à luz Isaque, o filho da promessa, aos 90 anos.

Textos-chave:
Gênesis1-20 / 16:1-8 / 17:1-22 / 18:1-15 / 21:1-13 e Gálatas2-31

SUA HISTÓRIA
Sara tinha 65 anos, a idade que muitas de nós se aposentam, quando partiu em viagem para um território espiritual desconhecido. Ao deixar para trás sua terra natal, ela e o marido, Abraão, partiram para centenas de quilômetros, em direção ao sul, até Canaã, uma terra fértil de promessas feitas por Deus, mas sem nada que amassem e que lhes fosse familiar. Deus prometera aquela terra a Abraão e a seus descendentes. Dele não seria gerada apenas uma família, um clã ou uma tribo, mas uma nação inteira, um povo que pertenceria a Deus como nenhum outro antes.
A promessa espalhou-se como os círculos que se formam ao ser atirada uma pedra na água. Se Abraão seria o pai de uma nova nação, então, Sara seria, certamente, a mãe. Ela, porém, ansiava por dar à luz não a uma nação, mas a uma criancinha que pudesse beijar e embalar em seus braços.
No início, Abraão e Sara acharam difícil sustentar a si mesmos, muito menos a uma família, em sua nova terra. Em breve, uma fome na região tornou a vida tão difícil que tiveram de mudar-se para o Egito, onde Abraão, com medo do faraó, sugeriu uma manobra enganosa para salvar sua vida. “Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida”. (Gn 12:11-13)
Sara atendeu ao pedido de Abraão e faraó em breve a acrescentou a seu harém de mulheres bonitas. Pelo privilégio, pagou a Abraão, na moeda de época, certa quantidade de ovelhas, bois, jumentos, camelos e servos. Mas, embora os dois homens parecessem satisfeitos com o acordo, Deus não se agradou disso e começou a atacar a faraó e toda a sua casa com doenças. O rei egípcio chamou Abraão, pedindo que se explicasse. Quando soube a verdade, permitiu que Sara e Abraão partissem, levando com eles todas as riquezas que haviam adquirido no Egito.
O casal mudou-se, então, outra vez. Vários anos se passaram desde que Abraão e Sara ouviram a notável promessa de Deus, mas ainda não tinham um filho. Assim, Sara decidiu resolver o assunto por conta própria. Seguindo uma prática comum no mundo antigo, deu permissão a Abraão para deitar-se com sua serva egípcia, Agar. A escrava de Sara se tornaria uma mãe substituta para o filho prometido.
Ismael nasceu não muito tempo depois, mas a criança só provocou discórdia entre as duas mulheres.
Certo dia, o Senhor apareceu a Abraão, enquanto ele estava sentado à entrada da sua tenda.
- Sara, tua mulher, onde está?
- Está aí na tenda.
Disse então o Senhor:
- Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher, dará à luz um filho.
Sara, que estivera escutando de dentro da tenda, riu e disse:
- Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda este prazer?
Disse, porém, o Senhor a Abraão:
- Por que se riu Sara, dizendo: Será verdade que darei à luz, sendo velha? Acaso para o Senhor há cousa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho.
Por ficar com medo, Sara mentiu e respondeu:
- Não me ri.
Deus, porém, disse:
- Não é bem assim, é certo que riste.
Um ano depois, Sara deu à luz Isaque, cujo nome significa “riso”. É claro que a mãe de 90 anos compreendeu a brincadeira e exclamou: “Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo” (Gn 21:6)
O bom humor de Sara, porém, durou pouco. Farpas novamente começaram a ser lançadas entre as duas mães e Sara forçou Agar e Ismael a saírem da casa de Abraão, deixando-os peregrinar no deserto. Embora Deus cuidasse dos dois exilados, sua promessa de uma nova nação e de um libertador para o seu povo seria cumprida através de Isaque.
Sara morreu com 127 anos e foi sepultada em Hebrom. Entre o nascimento de Isaque e a morte de Sara houve um intervalo de 37 anos, tempo suficiente para que refletisse na aventura de sua vida com Deus. Ficou envergonhada do tratamento que dispensou a infortunada Agar? Lembrou-se de ter rido quando Deus disse a Abraão que teria um filho aos 90 anos? Tinha idéia de que um dia seria reverenciada como mãe de Israel, símbolo da promessa, assim como Agar se tornaria símbolo da escravidão sob a lei? As Escrituras não dizem nada sobre isso, mas é animador saber que Deus realiza seus propósitos apesar das nossas fragilidades, de nossa pequena fé, de nossa auto-suficiência obstinada.
As tentativas práticas de Sara para ajudar Deus a cumprir sua promessa causaram realmente muita angústia. (Mesmo em nossos dias, o conflito entre Israel e seus vizinhos árabes é devido àquela antiga briga entre as duas mulheres e os filhos por elas gerados.) Entretanto, apesar do ciúme, ansiedade e ceticismo sobre a capacidade de Deus para cumprir suas promessas, não se pode negar que Sara era capaz de aceitar riscos de primeira ordem, pois de despediu de tudo o que lhe era familiar, viajando para uma terra completamente desconhecida. Uma fina dama de carne e osso, que viveu uma aventura mais emocionante do que qualquer heroína de conto de fadas, a qual começou com uma promessa e terminou com riso.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA
Nomes
Nos tempos bíblicos, os nomes tinham um significado que, no geral, já não possuem mais hoje. Os nomes que os pais davam aos filhos permitiam um vislumbre da experiência pessoal deles, algumas das quais refletiam reações emocionais a uma situação. Quando Sara tinha 90 anos, Deus lhe disse que ela e Abraão iriam ter, finalmente, o filho que desejavam havia tanto tempo. Sara mal podia acreditar! “Riu-se, pois Sara nos eu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também meu senhor, terei ainda prazer?” (Gn 18:12). Quando o filho nasceu, Sara o chamou de Isaque, que significa “riso” e disse “Deus me deu motivo de riso, e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo” (Gn 21:6).
Uma das cenas mais tristes da Bíblia talvez seja aquela em que Raquel, sofrendo muito e sabendo que estava à morte, chamou seu filho de Benoni “filho do meu sofrimento”. Mas Jacó, pai da criança, amando ao pequenino, mesmo em sua tristeza, chamou-o de Benjamim, “filho da minha mão direita” (Gn 35:16-20). Quando o filho de Ana nasceu, ela lhe deu o nome de Samuel, que se assemelha a expressão, em hebraico, para “ouvido de Deus”, porque Deus ouvira seu clamou por um filho. Muitos dos profetas do Antigo Testamento tinham nomes que falavam de sua missão: o nome de Isaías significa “O Senhor salva”, o de Obadias, “servo do Senhor”, o de Naum, “consolo” e o de Malaquias, “meu mensageiro”.
Em toda as Escrituras, Deus dá ao seu povo nomes que retratam o significado e o valor que tem para Ele. Somos sua “propriedade peculiar” (Ex 19:4; Ml 3:17), o “povo da herança” (Dt 4:20) e “filhos do Deus vivo” (Os 1:10). Somos “seus amigos” (Jo 15:15). Seja lá qual for o seu nome, Deus a conhece. Com amor, Ele a chama pelo nome e você lhe pertence (Is 43:1).

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 17:15-16
1. Tanto Sarai como Sara significam “princesa”, revelando a posição de Sara como mãe de uma nação. Você sabe qual o significado do seu nome? Qual a importância desse significado para você?
2. Se fosse pedir a Deus que mudasse seu nome, qual desejaria que fosse ou qual significado desejaria que tivesse?

Leia Gênesis 18:10-15 / 21:1-7
3. Coloque-se na posição de Sara. Você acha que riria também? Por quê?
4. Deus cumpriu sua promessa a Abraão e Sara no tempo determinado por Ele. Descreva como acha que se sentiram sobre isso.
5. Você já esperou Deus cumprir uma promessa? Pelo que você está esperando neste momento?
6. Enquanto reflete sobre a história de Sara e Abraão, como pode melhorar sua atitude durante a espera para que Deus cumpra as promessas que lhe fez?

Leia Gênesis 16:6 / 18:2,15: 21:10
7. Escolha cinco adjetivos que descrevam Sara. Em que aspectos você se parece com ela? Em que se diferencia dela?
8. Deus usou Sara, apesar dos defeitos e da impaciência dela. Como Deus pode usar você apesar de suas imperfeições?

Leia Gênesis 21:1-7
9. O que Sara disse quando deu à luz Isaque? Por que você acha que ela disse isso?
10. Descreva uma ocasião em sua vida em que Deus a fez “rir”.


SUA PROMESSA
Como foi difícil para Sara (e também para nós hoje!) lembrar as promessas de Deus e esperar por seu cumprimento. As promessas de Deus são reveladas e cumpridas no tempo dEle, o que acontece, freqüentemente, de acordo com um calendário bem diferente do nosso.
Esperar com paciência pela operação de Deus pode ser uma das experiências mais difíceis da vida cristã. Somos muito bons no “faça-você-mesmo” e, em geral, acabamos sendo um obstáculo para Deus, quando queremos agir por nossa própria conta.
Você está esperando que Deus lhe faça algo? Já pediu a Ele a salvação do seu marido? De um membro de sua família? Está pedindo que um filho rebelde volte para casa? Quaisquer que sejam as circunstâncias, o tempo de Deus é o melhor. Quando estiver tentada a interferir e a fazer as coisas acontecerem a seu modo, pense em Sara. Sua tentativa de cumprir a promessa de Deus tendo um filho por meio de sua serva, Agar, teve resultados desastrosos. Lembre-se de que Deus tem Sua própria agenda. Descanse na segurança de que Ele a ama e cumprirá a promessa que lhe fez.

Promessas nas Escrituras

“Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor” (Sl 27:14)

“Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra” (Sl 130:5)

“Por isso, o Senhor espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nele esperam” (Is 30:18)

“Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Mq 7:7)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO

“Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém, Sara. Abençoá-la-ei e dela te darei um filho; sim, eu a abençoarei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela. (Gn 17:15,16)

Medite
Gênesis 17:1-22

Louve a Deus
Porque Ele cumpre as suas promessas.

Agradeça
Por Deus ter um plano gracioso para você, que se desenrolará na hora oportuna, segundo a Sua vontade.

Confesse
Sua ansiedade e auto-suficiência.
Peça a Deus
Que a ajude a ouvir com atenção e com disposição de coração para fazer a Sua vontade.

Eleve o coração
Deus fornece pistas de Seu propósito para você plantando sonhos em seu coração. O sonho de Sara era ter um filho. Procure um lugar tranqüilo e passe algum tempo concentrando-se nos seus sonhos. Pergunte a si mesma quais são os sonhos que você tem estado ocupada demais, com medo demais ou decepcionada demais para perseguir. Escreva-os e ore sobre cada um.

Oração
“Pai, obrigada por me amar, apesar de minha alma ainda conter sombras que bloqueiam o teu Espírito. À medida que os anos passam, peço que eu venha confiar mais completamente em ti com relação aos sonhos que plantou em minha alma e às promessas que me fez. Como Sara, que eu possa ser cercada de risos pela maneira maravilhosa como compres teu propósito, apesar das minhas fraquezas. Amém.”



Agar - A Escrava Egípcia
Valdenira Nunes de Menezes Silva


" Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.
Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação." (Gênesis 21:17-18)

Lendo Gênesis 16, nos deparamos com Agar, a escrava egípcia de Sara.
De que maneira ela começou a fazer parte desta família?

A Bíblia nos fala de um período em que Abraão e sua esposa tiveram que ir para o Egito por causa da fome que assolava Canaã. Chegando lá e com medo de morrer porque ele sabia que faraó iria se encantar com a beleza de Sara, decidiu, juntamente com ela, dizer que eles eram irmãos. Faraó, na verdade, se encantou com Sara e creu nesta mentira armada pelos dois. Agora, ela fazia parte do harém de faraó e este, por sua vez, deu a Abraão presentes. Certamente, Agar, a escrava egípcia, foi um destes presentes que ele recebeu.
Receber uma escrava de presente é algo muito bom. Ele jamais poderia imaginar que ela iria se transformar em um dos maiores problemas que ele e sua esposa iriam enfrentar.
Quando procuramos mudar o rumo dos acontecimentos com as nossas próprias forças - e não com a de Deus - problemas surgem, dores de cabeça aparecem e ficamos perdidos e fora da perfeita vontade do Senhor.
Quando faraó descobriu que Sara era, na verdade, esposa de Abraão, ele a mandou, juntamente com Seu marido, sair do Egito. Eles saíram e levaram com eles todos os presentes que faraó havia dado a Abraão. Agar, que era um destes presentes, foi junto com eles.

Sara nunca havia dado a Abraão um filho. Ela era estéril mas Deus havia prometido que ela iria ter um filho com ele. Mas o problema é que "Deus estava demorando muito... e ela já era idosa... e talvez Ele tivesse esquecido da sua promessa... era melhor ela dar uma mãozinha a Ele..." Foi a partir daí que começaram, na vida de Sara e Abraão, problemas tanto físicos como espirituais, pois em vez dela confiar na promessa feita a eles pelo Senhor, ela preferiu agir por conta própria. Mas vamos ver o que ela disse em Gênesis 16:2:
"... Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai."

Por causa desta decisão de Sara, ela abriu as portas para a inimizade que existe, até hoje, entre judeus e árabes.
Agar, na posição de serva, teve que aceitar a decisão da sua patroa. Para ela não foi fácil mas era assim que tinha que ser feito.
Ela dormiu com Abraão e engravidou. Já grávida, ela desprezou Sara. Mas sua senhora a afligiu tanto, tornou sua vida tão difícil que ela decidiu fugir para o deserto. Lá, encontrando-se ela junto a uma fonte de água, apareceu um anjo que lhe disse:
"8... Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai minha senhora.
9 Então lhe disse o anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos." (Gênesis 16:8-9)

Além do anjo dizer que ela deveria voltar e se humilhar, disse-lhe mais:
"10 ... Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será.
11 Disse-lhe também o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto ouviu a tua aflição.
12 E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos." (Gênesis 16:10-12)
Esta foi a promessa que o Senhor lhe fez. E ela voltou para a sua senhora assim como o anjo lhe ordenara.

Irmã, nós também passamos por momentos de desespero em nossas vidas mas o Deus que cuidou de Agar é o mesmo Deus que cuida de nós, pois sabemos que:

1. Ele está sempre conosco.
Ele está sempre nos animando, nos guiando e colocando em nosso coração a certeza da Sua presença.
Mateus 28:20 nos diz:
"... e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."

Ao ler este versículo só tenho vontade de dizer: "Senhor, eu sei que Tu estás sempre comigo porque Tu és o meu pastor e nada me faltará."

2. Ele dá descanso à nossa alma.
Sim, só o Senhor é que poderá dar descanso e alívio à minha alma. Em Mateus 11:28 Ele nos prometeu alívio dizendo:
"Vinde a mim,todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."
E o melhor de tudo é que Ele "... limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; ..." (Apocalipse 2:4)
Existe promessa que dê mais alívio, refrigério e prazer à nossa alma?

Em Gênesis 16:15, a Bíblia nos diz:
"E Agar deu à luz um filho a Abrão; E Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael."

Mas em Gênesis 21:2-3 ela também nos diz:
"E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado. E Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque."

Sara era a patroa e Agar a escrava. Como escrava, ela não tinha direitos. Ela, literalmente falando, estava sozinha e não tinha ninguém que ficasse do seu lado aconselhando-a, defendendo-a ... Mas ela tinha Deus que olhava e cuidava dela.

Hoje em dia, muitas de nós nos sentimos assim ... sozinhas, desamparadas, sem direito a nada ... mas se somos filhas de Deus (João 1:12), Ele, com certeza, está cuidando de nós como filhas amadas e vendo, lá na frente, a realização do que Ele tem preparado para nós. Só temos que estar atentas, em sintonia completa com o Senhor que nos manda sair da prostração em que nos encontramos e levantar a cabeça prosseguindo sempre para a frente.
Quando Deus nos diz: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" (Isaías 41:10), sentimos, então, uma grande segurança e nos fortalecemos, pois é em Seus braços que repousamos.

Li uma declaração de Donna Rice onde ela dizia: "Depois daquele grave acontecimento, quando eu orava dizendo 'Deus, queria que estivesse aqui para conversar comigo, envolver-me em seus braços e enxugar minhas lágrimas', passei a sentir que Ele estava fazendo tudo isso por intermédio dos cristãos que me cercavam. Foi aí que comecei a entender que a igreja não é um prédio; é o corpo de Cristo. Em meio à minha dor, Deus deu-me amigos cristãos que me ensinaram sobre o amor e o perdão."

Nasceu Isaque, filho de Abraão e Sara, o filho da promessa.
A partir deste dia, surgiu da parte de Ismael um ciúme tal que ele zombava e, por isso, Deus disse a Abraão que ouvisse o que sua esposa lhe dizia:
"... Ponha fora esta serva e o seu filho ..." (Gênesis 21:10)

Mas Deus,para acalmar o coração de Abraão, disse:
"... Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência. Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua descendência." (Gênesis 21:12-13)

Abraão creu na promessa de Deus e fez exatamente como o Senhor lhe disse:
"Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu andando errante no deserto de Berseba." (Gênesis 21:14)

Que situação triste! Que momentos angustiantes!
Quantas de nós já passaram "pelo vale da sombra e da morte" pensando que era impossível continuar vivendo?
Quantas de nós já pensaram que não havia mais esperança, nem possibilidade de agüentar tamanho sofrimento?

Agar e seu filho Ismael sentiram-se assim ... desprezados, desamparados, fracassados,com a fé abalada. Provavelmente, sentiram que o fim havia chegado. Mas o mesmo Deus que mandou Abraão dizer a Agar para ela sair de sua casa com seu filho Ismael, socorreu-a dando-lhe a tranqüilidade necessária. O nosso Deus, o Jeová-jire que provê também todas as nossas necessidades, ajudou Agar e seu filho Ismael nestes momentos de desespero.

Mas o que, realmente, Deus fez por eles?

1. Ele lhe deu ânimo.
A Bíblia nos mostra o desespero de Agar quando nos apresenta em Gênesis 21:16 as suas palavras:
"... Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou."

Mas a Bíblia também nos mostra Deus animando-a e dizendo:
"Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação." (Gênesis 21:18) - Deus a anima prometendo uma bênção futura.

Mas Deus também a animou, mostrando-lhe um poço de água. Lemos em Gênesis 21:19:
"E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino." - Deus a anima dando-lhe uma bênção presente.

E você, minha irmã, está também precisando da ajuda de Deus para animá-la?
Eu e você que já conhecemos a história de Agar e conhecemos também a fidelidade de Deus, temos que, pela fé, crer que o Senhor vê nossas aflições e está sempre pronto para nos confortar e animar.

2. Ele a orientou.
Sim, o Senhor a orientou. Ele lhe disse quais passos ela deveria dar para não morrer, nem morrer seu filho Ismael. Ele disse: "Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão..." (Gênesis 21:18)

Assim como Ele fez com Agar, o Senhor nos orienta através da Sua Palavra, mostrando-nos que passos devemos dar para sairmos de situações que, muitas vezes, a nosso olhos, são impossíveis de serem resolvidas. Leiamos a Bíblia e lá encontraremos a preciosa sabedoria de Deus para nossas vidas.

3. Ele lhe fez uma promessa.
Deus separou Agar e seu filho Ismael de Abraão mas em momento nenhum os abandonou.
Ele prometeu fazer de Ismael uma nação. Vejamos:
"Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação." (Gênesis 21:18)

E o que Deus nos promete na Sua Palavra?
As Suas promessas são inúmeras ...:

"Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu, Senhor, me fazes habitar em segurança." (Salmo 4:8)

"Isto é a minha consolação na minha aflição, porque a tua palavra me vivificou." (Salmo 119:50)

"Andando eu no meio da angústia, tu me reviverás; estenderás a tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará." (Salmo 138:7)

Confiando nEle e nas Suas promessas posso dizer confiantemente:
"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." (Salmo 23)

Certamente, Agar louvou a Deus pela Sua benignidade, pelo Seu amor, por Sua lealdade e pelas bênçãos que Ele derramou em sua vida e na vida do seu filho Ismael.

Obrigada, Senhor, pelo amor e proteção que Tu me dás a cada dia.
Obrigada porque sei que Tu vês o meu sofrimento, como viu o de Agar.
Obrigada porque sempre tiras do meu coração o medo do futuro.
Obrigada pela certeza que colocas dentro da minha alma de que estás bem junto a mim, me protegendo e cuidando de mim com um cuidado todo especial de um Pai amoroso.
Obrigada, Pai porque sei que mesmo passando por aflições neste mundo tenho a certeza de uma vida plena de gozo na mansão celestial que estás preparando para mim.
Maranata!
Amém!

Rute


A Bisavó Do Rei Davi


 “Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas”. (Salmo 36:7)

Rute foi uma mulher que decidiu, em seu coração, ter Deus em sua vida como Senhor mesmo tendo a oportunidade de escolher entre Ele e sua família.
Ela era casada mas seu esposo, filho de Noemi, faleceu. Sozinha, ela fez uma decisão: não voltar para os seus familiares mas ficar com a sua sogra a quem ela muito amava. Ela iria para uma terra distante cujo povo tinha como Deus, Aquele que, verdadeiramente, havia criado o céu e a terra.
Rute era jovem, tinha um bom coração e era forte e decidida.

Noemi, sua sogra, ficou feliz por tê-la como amiga e companheira, pois ela sabia que elas iriam enfrentar uma vida nova e desconhecida. Ela não estaria só. Juntas partiriam para Belém de Judá

Podemos imaginar ambas cansadas, chegando em Belém, e Rute agradecendo ao Senhor pela beleza da fartura e pela beleza dos campos dourados com o trigo pronto para ser colhido pelos trabalhadores.

Lembro-me de quando viajava de carro pelos Estados Unidos, a caminho do Canadá, onde meu marido estava indo fazer o seu doutorado na área de informática, e passávamos pelos campos de trigo. É, realmente, de uma beleza sem igual. Os campos ficam dourados e é quando imaginamos que esta beleza não é nada diante do que Deus tem preparado para nós, seus filhos. A Bíblia nos diz em 1Coríntios 2:9 que... “... As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.”

Rute e Noemi nada tinham. Eram pobres e estavam começando uma nova vida. Mas era costume em Israel, os donos destes campos deixarem as pessoas pobres colher tudo que seus trabalhadores deixassem cair.
A Bíblia nos diz que Rute foi ao campo de Boaz para apanhar espigas para o sustento dela e de sua sogra. Ela, ao tomar esta decisão, certamente, repousou no Senhor, sabendo que o Deus que, agora, fazia parte de sua vida, estava dirigindo cada passo seu. A confiança que ela depositava no Senhor, tornava-a forte e sábia para executar os planos dEle em sua vida. E o que Deus queria em sua vida estava acontecendo...

* Todos em Belém ficaram sabendo da lealdade dela para com Noemi.
* Todos souberam da tragédia que caiu sobre as duas – morte de seus maridos.
* Todos souberam, inclusive Boaz, de sua renúncia aos seus deuses moabitas e sua entrega total ao Deus de Israel.

Boaz, que era da família de Elimeleque, esposo de Noemi, viu Rute pela primeira vez quando colhia o resto do trigo que era permitido ser colhido pelos pobres. A Bíblia diz que ele perguntou a seu moço: “De quem é esta moça? (Rute 2:5) E o moço respondeu: “... Esta é a moça moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe.” (Rute 2:6)

O Senhor estava preparando o futuro de Rute. Ele estava cuidando daquela que seria a bisavó do rei Davi. Ele estava protegendo aquela que confiava nEle e que repousava na sombra das Suas asas.

Boaz conheceu aquela de quem tanto falavam e que, agora, estava diante dele. Sendo ele um homem de boa índole, chamou Rute e disse: “... Ouves, filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas moças. Os teus olhos estarão atentos no campo que segarem, e irás após elas; não dei ordem aos moços que não te molestem?” (Rute 2:8-9)
Rute, então, humildemente, caiu em terra e agradeceu a ele. E, além de tudo isto, ainda ouviu dele palavras que, com certeza, encheram-na de alegria. Ele disse:
“O Senhor retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.” (Rute 2:12)

Vejam que palavras doces vindas do coração de um homem temente a Deus. Elas lembram as palavras também muito doces de uma mulher (Rute) que já havia decidido em seu coração ser temente a Deus. E as palavras foram:
“... aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada...” (Rute 1:16-17)
Boaz e Rute, duas pessoas tementes a Deus e que estavam em sintonia com os perfeitos planos do Senhor em suas vidas.

Irmã, o Senhor é um Deus bom que cuida de nós a cada momento da nossa vida. A Bíblia nos assegura no Salmo 36:7 o seguinte:
“Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas.”
Nós somos os sabiás e os beija-flores que se aquecem e se abrigam nas asas do Senhor porque é nEle onde está o “manancial da vida” e é Ele que nos oferece “mananciais no deserto”.
Sejamos como Rute que não se abateu com a tragédia que surgiu em sua vida mas confiou no Senhor que lhe deu sabedoria, fortaleza e amor.

Quando estamos passando por vales escuros, lembremo-nos que Jesus já passou por tudo isto, muito antes de nós.
Spurgeon disse que “muitos crentes definham em masmorras, quando podiam andar pelos terraços dos palácios e avistar a boa terra e o Líbano! Crente, levante-se da condição em que está... Aspire por uma vida mais plena, aspire uma vida mais alta, aspire por uma vida mais nobre. Vá para cima. Vá para mais perto de Deus!”

Irmã, quando você estiver atravessando rios turbulentos, lembre-se que o Senhor está com as Suas asas abertas esperando para aquecê-la, protegê-la e colocar paz em seu coração. Depende de você querer repousar nEle e... ser feliz.

Noemi era para Rute uma verdadeira mãe e Rute a tratava como uma filha que a amava. Ela começa a dar conselhos à Rute, ensinando-a como agir diante de Boaz já que ele era o possível remidor. Ela disse:
“Ora, pois, não é Boaz, com cujas moças estiveste, de nossa parentela: Eis que esta noite padejará a cevada na eira. Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos... quando ele se deitar... cobrir-lhe-ás os pés... e ele te fará saber o que deves fazer.” (Rute 3:2-4)
Como uma filha obediente, ela fez, exatamente, como Noemi lhe aconselhara, pois ela sabia que a sua sogra queria o melhor para a vida dela.
A Bíblia nos diz em Rute 4:13 que “... tomou Boaz a Rute, ela lhe foi por mulher; e ele a possuiu e o Senhor lhe fez conceber, e deu à luz um filho.” Este filho foi Obede que foi pai de Jessé que foi pai do rei Davi... chegando até Jesus Cristo.

Irmã, sigamos o exemplo de Rute que foi uma mulher segundo o coração de Deus, devotada à sua família e era feliz por estar ajudando a sua sogra. Ela também amava e confiava no Senhor. E, além de tudo isto, ela era uma fonte de bênçãos.
E você, irmã, que características você tem que servem de exemplo para seus filhos, vizinhos, irmãs da igreja...?
Quando servimos de todo o coração ao Senhor, virtudes fluem de nós e mundo nos vê como verdadeiras mulheres virtuosas, mulheres que amam a Deus e vivem com o propósito de servi-Lo.
Em 1Timóteo 5:10, a Palavra de Deus nos ensina a sermos servas não apenas do Senhor mas também daqueles que Ele coloca diante de nós:
“Tendo testemunho de boas obras: se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra.”

“Senhor Deus, meu Pai, que o amor que eu demonstre às pessoas seja o amor que tenho aprendido de Ti.
Amém!

Rebeca


 Trabalhadora, Generosa E Usada Por Deus Para Realizar Seus Propósitos


"E disse: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje bom encontro, e faze beneficência ao meu senhor Abraão! Eis que eu estou em pé junto à fonte de água e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o seu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça nisso que usaste de benevolência com meu senhor" (Gênesis 24:12-14).

Esta foi a oração do servo de Abraão, Eliezer, quando já se encontrava nos arredores da cidade de Naor. Esta era uma oração de quem estava necessitando da ajuda de Deus. Era uma oração onde ele não pedia que o Senhor mostrasse a ele uma mulher perfeita, bonita mas uma mulher que fosse piedosa e que Ele (Deus) estivesse preparando para Isaque, filho do seu senhor Abraão.
Esta é a oração que deveríamos fazer em favor de nossos filhos. Que o Senhor coloque na vida deles pessoas crentes, piedosas, bondosas, compassivas, fiéis e de beleza interior sem igual. Que os atributos de uma mulher ou de um homem de Deus, encontrados em 1 Pedro 3:3-4, façam parte da vida daqueles que almejamos para nossos filhos... "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus."
Ah, irmã, é este tipo de mulher que queremos para nossos filhos!

O Senhor ouviu a oração de Eliezer e encaminhou Rebeca para junto dele. Ele viu que o Senhor respondeu a sua oração quando...
1- Ele viu Rebeca "... com seu cântaro sobre o seu ombro" (Gênesis 24:15) vindo em direção ao poço para apanhar água. Certamente, ele percebeu que ela era uma jovem trabalhadodra e que não media esforços para abastecer a sua casa da água que todos precisavam.

Você é o tipo de mulher que arregaça as mangas e pega no pesado? Ou você acha que este tipo de trabalho não é para você?
Sabe de uma coisa, irmã? Deus elogia a mulher que "cinge os seus lombos de força e fortalece os seus braços" (Provérbios 31:17) e Ele ainda diz que "a força e a honra são seu vestido..." (Provérbios 31:25).
Rebeca era trabalhadora e, portanto admirada por Deus.
Eliezer percebeu esta qualidade nela quando...

2- Ele pediu água a Rebeca "e ela disse: Bebe, meu Senhor" (Gênesis 24:18). E vendo ela os dez camelos que estavam com ele, ainda disse: "Tirarei também água para os teus camelos até que acabem de beber" (Gênesis 24:19).
Certamente, naquele momento, o servo de Abraão percebeu uma outra qualidade desta bela mulher de Deus... ela gostava de servir, era bondosa e tinha um coração cheio de amor pelo próximo.
Que atributos perfeitos para uma mulher que deseja ser admirada pelo Senhor! Se eu quero ser admirada pelo Senhor, tenho que começar "agora" a seguir os mesmos passos de Rebeca, tenho que ser uma mulher sensível às necessidades do meu próximo e procurar fazer tudo além do que é preciso.

3- Ele, então perguntou a ela: "De quem és filha?" (Provérbios 24:23) e ela respondeu: "Eu sou a filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor" (Sara, mãe de Isaque, era tia-avó de Rebeca).
Tudo estava acontecendo dentro do plano perfeito de Deus para as vidas de Rebeca e Isaque.

Amada irmã, quando estamos caminhando com Deus lado a lado, quando estamos tendo comunhão diária com Ele, lendo a Sua Palavra, orando e, principalmente, seguindo os ensinamentos da Bíblia, então o Seu plano para a nossa vida se realiza e sentimos que Ele está no controle de tudo, nos abençoando.

4- Ele disse: "... Há também em casa de teu pai lugar para nós pousarmos?" E ela, amorosamente e com um espírito hospitaleiro (ele, certamente, percebeu este outro atributo que ela possuía) disse: "Também temos palha e muito pasto, e lugar para passar a noite" (Gênesis 24:25).

E a Bíblia nos diz que depois de tudo isto, ele "... inclinou-se... e adorou ao Senhor" (Gênesis 24:26).

"Um lar cristão é o mais belo retrato terreno do céu e um refúgio para a nossa sociedade cansada e estressada" (Elizabeth George).

Quantas mulheres hospitaleiras o Senhor nos apresenta na Sua Palavra! Dentre tantas que abriram suas portas para acolher homens de Deus destacamos...

1- Rebeca - amorosa e trabalhadora, hospedou em sua casa Eliezer, servo de Abraão.
2- Sunamita - generosa e piedosa, hospedou em sua casa Eliseu, um profeta de Deus.
3- A viúva de Sarepta - cheia de fé e muito hospitaleira, hospedou em sua casa Elias, um profeta de Deus.
4- Marta - trabalhadora, ativa e determinada, hospedou em sua casa Jesus e Seus discípulos.
5- Maria - cheia de fé e piedosa, hospedou em sua casa Jesus e Seus discípulos.
6- Lídia - batalhadora, evangelista, hospedou em sua casa o apostolo Paulo.

Que nós, como mulheres de Deus, possamos seguir os passos da hospitalidade que estas mulheres seguiram. Sejamos hospitaleiras!
Quantos homens ou mulheres de Deus você já hospedou em sua casa? Irmã, não espere que apareça um dinheirinho extra para você comprar toalhas novas, lençóis novos, mudar o conjunto da sala de visita... para você convidar alguém para a sua casa. Lembra da viúva que só tinha um pouco de azeite e um pouco de farinha para fazer o último bolo para ela e seu filho? E, mesmo assim, ela não se incomodou de ter em sua casa o profeta de Deus dando a ele aquela última porção de comida. Assim como Deus a abençoou, fazendo com que o azeite e a farinha se multiplicassem, Ele também a abençoará quando você tiver este mesmo espírito de hospitalidade.

Pela fé, Rebeca viajou 800 km com o servo de Abraão para se encontrar com Isaque, aquele que ela nunca vira mas que iria ser tornar o seu esposo. Ela não o conhecia mas sabia que o Senhor o preparara para ela.
Podemos imaginar o momento do encontro. Aqueles doces momentos do primeiro encontro com aquela pessoa especial que iria ser seu marido. Era um presente que o Senhor estava dando a ela. Ela estava feliz! A Bíblia nos diz que "... Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher..." (Gênesis 24:67).

Assim como Rebeca que deixou a sua família para unir-se a Isaque, nós também devemos deixar nossa família e acompanhar nosso marido para onde quer que ele vá. Lembremos que, depois de Deus, a pessoa mais importante da nossa vida é nosso marido. Devemos continuar amando nossos pais, cuidando deles mas nunca devemos colocá-los (como prioridade) na frente do nosso esposo.

Apesar de Rebeca ser feliz no casamento e ser uma verdadeira mulher de Deus, ela teve que enfrentar momentos difíceis em sua vida mas venceu a todos por causa da sua fé. Vários foram estes momentos mas destaquemos alguns...

1- Ter que se separar das pessoas que amava quando partiu para Canaâ, foi muito difícil para ela.
Ela partiu para esta terra distante sabendo que nunca mais veria nem seus pais nem seus irmãos mas, pela fé, ela conseguiu superar estes momentos.

2- Rebeca sabia que o que existia de pior em um casamento era o período de adaptação. Também pela fé, ela conseguiu se adaptar à vida de casada e era muito feliz.

3- Ela teve que passar vinte longos anos sem ter filhos. Ela era estéril e isto a deixava preocupada e angustiada. Mas ela decidiu levar as suas preocupações até o altar do Senhor e Ele ouviu a sua oração e, pela fé, ela ganhou do Senhor dois filhos gêmeos - Esaú e Jacó.

Apesar de tantos momentos de tribulação, Rebeca sabia que o Senhor a amava e queria que ela fizesse parte do Seu povo e de Suas promessas.
Ela confiou no Senhor e sabia que Ele estava com ela nos bons e maus momentos de sua vida.
Rebeca foi uma mulher trabalhadora, generosa e usada por Deus para realizar Seus propósitos.










Rebeca
Mara Bueno Consani

(Seu nome provavelmente significa “laço” ou “elo”)


Seu caráter:
Trabalhadora e generosa, sua fé era tão grande que deixou a sua casa pra sempre, a fim de casar-se com um homem que nunca vira. Todavia, favoreceu um filho e deixou de confiar plenamente em Deus quanto à promessa feita por ele.

Seu sofrimento:
Ficou estéril durante os primeiros vinte anos de sua vida de casas e nunca mais viu o filho favorito, Jacó, depois que ele precisou partir fugindo do irmão Esaú.

Sua alegria:
Deus realizou coisas tremendas a fim de convidá-la a participar de seu povo e de suas promessas.

Textos-chave:
Gênesis 24; 25.19-34; 26.1; 28.1-9

SUA HISTÓRIA
O sol estava desaparecendo no horizonte, quando a jovem aproximou-se do poço que fiava fora da cidade de Naor, mais ou menos 800 quilômetros a noroeste de Canaã. Cabia às mulheres ir buscar água fresca todas as tardes, e Rebeca colocou o balde cheio no ombro, grata pela refrescante sensação do recipiente frio ao tocar sua pele.
Quando já se preparava para ir embora, um estranho aproximou-se pedindo de beber. Atenciosamente, ela se ofereceu para puxar água do poço também para os camelos dele. Rebeca notou o olhar surpreso e alegre do homem. Bem, dez camelos iriam consumir bastante água, mas se ela tivesse ouvido a oração que ele havia sussurrado momentos antes, seu espanto teria sido maior que o dele: “E disse consigo: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão! Eis que estou ao pé da fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; dá-me, pois, que a moça a quem eu disser: inclina o cântaro para que eu beba; e ela me responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que designaste par teu servo Isaque” (Gn 24.12-14).
Um gesto simples. Uma resposta generosa. O futuro de uma jovem mudado num instante. O homem que Rebeca encontrou junto ao poço, servo de Abraão, fora encarregado de uma missão sagrada – encontrar uma esposa para Isaque entre o povo de Abraão e não entre os vizinhos cananeus. Como sua tia-avô, Sara, antes dela, Rebeca faria a viagem para o sul, a fim de aceitar um futuro que mal era capaz de vislumbrar. Noiva de um homem com o dobro de sua idade, cujo nome significava “riso”, sentiu-se subitamente atordoada. O Deus de Abraão e de Sara estava tentando persuadi-la, chamando seu nome e não o de outra, convidando-a a compartilhar da promessa. Deus estava forjando uma nova nação para ser seu povo exclusivo.
Isaque tinha 40 anos quanto viu Rebeca pela primeira vez. Seu coração talvez tivesse sentido uma alegria parecida com a do primeiro homem:
- Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne !
Isaque e Rebeca entraram, então, na tenda de Sara, mãe dele, e ele a tomou por mulher. A Bíblia diz que ela consolou Isaque depois da morte de Sara, sua mãe.
Rebeca era formosa e forte como Sara, todavia não teve filhos durante os primeiros vinte anos de sua vida com Isaque. Será que sofreria como Sara a maldição da esterilidade? Isaque orou, e Deus ouviu, dando a ela não um, mas dois filhos, que lutavam em seu ventre. Deus lhe disse, então:
- Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão; um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço (Gn 25.23).
Durante o parto, os dedos de Jacó agarraram o calcanhar do irmão, Esaú, como se ele tentasse nascer primeiro. Embora tenha sido o segundo a nascer, Jacó tornou-se o primeiro no afeto da mãe. Isaque, porém, amava mais a Esaú.
Anos mais tarde, quando Isaque envelheceu e ficou quase cego, chamou seu primogênito, Esaú, e disse:
- Faze-me uma comida saborosa, como eu aprecio, e trazê-ma, para que eu coma e te abençoe antes que eu morra (Gn 27.4).
Rebeca, muito esperta, ouviu tudo e chamou rapidamente Jacó, sugerindo um plano par evitar que a benção fosse dada ao irmão dele. Disfarçado como Esaú, Jacó apresentou-se ao pai para receber a tão esperada benção.
Assim, Isaque acabou abençoando Jacó pensando que era Esaú:
- Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar (Gn 27.29).
O patriarca estendera a mão e dera a melhor benção ao filho mais novo, evocando palavras ditas sobre os dois filhos quando ainda lutavam no ventre de Rebeca. Depois de entregue, a benção não poderia ser retirada, apesar do engano, apesar das lágrimas de Esaú e apesar de seu juramento de matar Jacó.
Com medo da vingança de Esaú, Rebeca convenceu Isaque a enviar Jacó a Harã, para que ali encontrasse uma esposa entre as filhas de seu irmão, Labão. Ela mandaria buscar Jacó assim que a fúria do irmão se acalmasse.
Com o passar dos anos, Rebeca deve ter sentido muita saudade de Jacó, rogando para ter oportunidade de abraçá-lo novamente, pelo privilégio de envolver os filhos dele nos seus braços. Porém, mais de vinte anos se passaram antes que Jacó voltasse. Embora Isaque vivesse ara dar as boas-vindas ao filho, Rebeca não sobreviveu.
Quando Rebeca ainda era bem jovem, Deus a convidara para desempenhar um papel vital na história de seu povo. Ele fez tudo o que era necessário para alcançá-la. Como Sara, Rebeca se tornaria matriarca do povo de Deus e, também como Sara, seu coração se dividiria entre fé e dúvida pro acreditar que a promessa de Deus requeria sua intervenção para cumprir-se. Achando difícil apenas descansar no que Deus lhe prometera, recorreu a subterfúgios para obter o que desejava.
Os resultados, refletindo o estado de seu coração, foram uma grande confusão. Jacó tornou-se, de fato, herdeiro da promessa, mas foi afastado de casa e da mãe, que tanto o amava. Além disso, os seus descendentes ficariam para sempre em conflito com os descendentes de Esaú, os edomitas. Dois mil anos depois, Herodes, o Grande, um homem poderoso nascido na Iduméia (nome grego e romano para Edom) mataria crianças inocentes numa tentativa de destruir o menino Jesus.
Deus, porém, continuava usando a vida daquela mulher, que, mesmo longe de ser perfeita, realizaria seus propósitos.


SUA VIDA E SUA ÉPOCA
Jóias
Então, lhe pus o pendente no nariz e as pulseiras nas mãos [...] e tirou jóias de ouro e de prata e vestidos e os deu a Rebeca. (Gn 24.47,53)
Um pendente no nariz!? Bem, isso que costuma ser um sinal de provocação dos jovens, hoje, era uma forma socialmente aceita de adorno na antiguidade. Quando o servo de Abraão compreendeu que Rebeca era a mulher com quem Isaque iria casar-se, ele imediatamente pegou as jóias que levara para a ocasião. Deu a ela duas pulseiras e um pendente de ouro par ao nariz. Rebeca rapidamente colocou as jóias e correu para casa, com os olhos brilhando, para contar à família tudo o que ocorrera.
O pendente para o nariz é mencionado apenas duas vezes nas Escrituras: Em Provérbios 11 e em Ezequiel 16. Em Ezequiel 16, Deus descreve, em termos figurados, como ama a cidade de Jerusalém. Ele a banha amorosamente, depois veste com roupas riquíssimas e sandálias de couro macio. A seguir, cobre-a ternamente com jóias. “Também te adornei com enfeites e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas na orelhas e linda coroa na cabeça. Assim, foste ornada de ouro e prata.” (Ez 16.11-13)
O Antigo Testamento menciona jóias várias vezes. Mulheres e homens usavam brincos (Ex 32.2) e também “ornamentos para o braço, pulseiras, sinetes, arreadas e colares” (Nm 31.50). Os israelitas obtinham quase todas as suas jóias de povos vencidos em guerras. Ouro, prata e pedras preciosas aparecem, muitas vezes, listados entre os despojos tomados nas batalhas. Lemos em II Samuel 8.11 que Davi ganhou enormes quantidades de ouro, prata e bronze quando conquistou as nações ao redor de Israel. Dedicou tudo ao Senhor, e seu filho, Salomão, usou esse tesouro para construir o grandioso templo de Jerusalém. Acredite ou não, Salomão tinha tanto ouro em seu reino que “fez o rei que, em Jerusalém, houvesse prata e ouro como pedras” (II Cr 1.15).
O Novo Testamento menciona jóias especificamente apenas uma vez. Ao falar às mulheres, Pedro recomenda que dêem mais atenção à sua beleza interior do que à exterior: “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus” (I Pe 3.3-4).
É evidente que as mulheres dos dias do Novo Testamento eram tão fascinadas por jóias quanto as do Antigo Testamento ... e as de hoje. É fácil e corriqueiro olhar-se no espelho para avaliar a aparência externa, mas como são poucas as vezes em que a maioria de nós passa um bom tempo examinando a aparência interior!
Amanhã cedo, ao colocar anéis nos dedos, coloque também em sua vida um espírito de paz. Ao por brincos nas orelhas, aproveite para dotar em sua vida uma atitude de alegria. Quando puser um colar no pescoço, não esqueça de por também um espírito de doçura no coração. As jóias que usa não farão muita diferença em seu dia, mas o espírito do qual estiver revestida, esse fará.


SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 24.15-27
20. O que essa primeira informação sobre a jovem Rebeca lhe diz sobre a aparência e o caráter da moça?
21. De que forma você se parece com Rebeca? Como difere dela?

Leia Gênesis 24.28-50
22. Nesses versículos, o servo de Abraão conta à família de Rebeca como ela a encontrou, enfatizando a benção e e o envolvimento do Senhor em tudo. Como a família de Rebeca reagiu?

Leia Gênesis 24.52-58
23. Três palavras simples, mencionadas no versículo 58, mudaram para sempre a vida de Rebeca. Com quem ela se parecia em sua disposição para ir aonde nunca estivera antes?
24. Como você reagiria se Deus a chamasse para sair de sua casa e deixar sua família? O que teria de acontecer para que você obedecesse?

Leia Gênesis 24.67
25. Essas são as palavras mais doces sobre o casamento encontradas na Bíblia. Descreva como acha que foi o casamento de Isaque e Rebeca naqueles primeiros dias.

Leia Gênesis 25.28
26. Essas são algumas das palavras mais tristes a respeito da educação de filhos encontradas na Bíblia. Descreva sua opinião sobre como o favoritismo dos pais afetou Jacó e Esaú e seu relacionamento.
27. Muitas crianças crescem pensando que os pais favorecem mais um irmão do que o outro. Se você tem filhos, como evitar que pensem desse modo?

Leia Gênesis 27.1 até 28.9
28. Por que Rebeca recorreu ao engano para obter o cumprimento de uma promessa feita a ela quando estava grávida?
29. Descreva como você acha que Rebeca deve ter se sentido dez anos mais tarde. Será que se arrependeu do que fizera?
30. De que modo os atos de Rebeca se assemelharam aos de sua sogra Sara?
31. A história de Rebeca é rica e cheia de vida. Resuma em uma sentença o que gostaria de aprender com ela.

SUA PROMESSA

Rebeca ouviu o servo de Abraão relatar como orara e como tinha certeza de que ela era a mulher que Deus escolhera para Isaque. O próprio Deus orquestrara divinamente os acontecimentos., Rebeca parecia saber disso, e quando lhe perguntaram, respondeu simplesmente:
- Irei.
Rebeca compreendia plenamente o plano de Deus para ela? Estava disposta a segui-lo? Ou simplesmente se deixou encantar pelas idéias românticas de uma jovem em busca de um cavaleiro de armadura brilhante? Qualquer que tenha sido a motivação de Rebeca, aqueles eventos certamente foram planejados por Deus, que tinha poder e determinação para continuar a cumprir fielmente suas promessas por meio dela.
A fidelidade de Deus, apesar de nossa desobediência e contradição, é evidente em toda a Escritura e durante toda a nossa vida. Ele será fiel; Ele promete.

Promessas nas Escrituras

Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos. (Dt 7.9)

O Senhor é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras. (Sl 145.13)

Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. (Hb 10.23)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO

“És nossa irmã; sê tu a mãe de milhares, e que a tua descendência possua a porta dos seus inimigos”
(Gn 24.60)

Medite
Gênesis 27

Louve a Deus
Diferentemente de Isaque, que só teve uma benção para dar aos filhos, Deus tem bênçãos específicas destinadas a cada um de nós.

Agradeça
Porque Deus não espera até que estejamos aperfeiçoados para nos colocar em seus planos.

Confesse
Sua tendência de controlar o futuro, em vez de confiar em Deus para direcioná-la de acordo com o que Ele tem planejado para você.

Peça a Deus
Que a impeça de ter favoritos entre seus filhos e que a faça confiar que Ele tem um plano generoso para cada um.

Eleve o coração
Gaste alguns minutos, semanalmente, para escrever um cartão de benção a cada um de seus filhos. Use um cartão simples ou enfeite-o com adesivos ou desenhos. (Se não tiver filhos, pode fazer isso para algum sobrinho ou para qualquer outra criança de seu relacionamento). Comece orando por seus filhos pedindo as bênçãos de Deus sobre eles. A seguir, escreva as bênçãos que sente que Deus lhes quer dar. Coloque os cartões de bênçãos debaixo do travesseiro deles ou ao lado do prato no jantar., Diga-lhes que essas são algumas das coisas que está pedindo a Deus para a vida deles. Não deixe de guardar uma cópia de cada cartão para orar regularmente pelas bênçãos.


Oração
“Senhor, tu nos dá poder para abençoar nossos filhos mediante nosso exemplo, nossos ensinamentos, nosso amor e nossas orações. Que nossos filhos venham a superar-nos na fé. Que em todas as dificuldades que enfrentarem sejam capazes de sentir tua proximidade, e que a alegria deles se renove a cada manhã. Possa cada um ser uma pessoa que atraia outros a ti. Amém.”

Raquel

- A amada de Jacó


"Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?" (Gênesis 30:1-2)

Raquel, filha de Labão, irmã de Lia, era a amada de Jacó. Mas, apesar de Jacó amá-la tanto, não foi com ela que ele se casou, primeiramente.
Labão, pai de Raquel e Lia e tio de Jacó, foi injusto com sua filha mais nova, Raquel, dando a sua irmã mais velha a Jacó como esposa. Este foi um ato de traição que deixou Jacó e Raquel atônitos e revoltados, pois o interesseiro Labão havia exigido dele servi-lo por sete anos para poder se casar com sua filha mais nova. Jacó não mediu esforços e concordou com seu futuro sogro a fim de obter a mão dela, pois a amava no mais profundo do seu coração.

Quando eu fazia o segundo grau, um professor de Português me deu uma poesia que me deixou muito interessada, pois ela falava do amor de um homem por uma camponesa. Esta poesia falava do amor de Jacó por Raquel. Ela dizia mais ou menos assim:
"Sete anos de pastor Jacó servia.
Labão, pai de Raquel, serrana bela,
E não servia ao pai servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia..."
Nesta época eu era adolescente e achei lindo o amor dele por ela. Realmente, ele a amava muito mas foi enganado.

Labão, que só visava lucros em sua vida, disse a Jacó que se ele trabalhasse mais sete anos, ele daria a mão de sua filha mais nova. Apesar da traição, ele concordou por causa do seu grande amor por ela.
Depois destes sete árduos anos (na realidade foram quatorze), finalmente, ele conseguiu ter o amor de sua vida em seus braços. Cada gesto seu mostrava a todos, inclusive para sua mulher Lia, que Raquel era a que ele, realmente, amava. Apesar de já ter filhos com Lia, ele só tinha olhos para a sua amada Raquel que recuperara a bênção que havia sido roubada dela, sete anos atrás.

Mas o amor de Jacó não foi suficiente para Raquel. Ela era estéril e era infeliz. Enquanto sua irmã Lia dava muitos filhos a Jacó, ela não podia ter filhos. O seu desespero se tornou tão intenso que ela chegou junto a Jacó e disse: "Dá-me filhos, se não morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto do teu ventre?" (Gênesis 30:1b-2).
Assim como Sara que deu sua serva Agar para ter um filho com Abraão, Raquel não esperou no Senhor e deu sua serva Bila a Jacó. Ele, então, teve dela dois filhos - Dã e Naftali.

Muitas vezes, nós fazemos como Raquel e Sara. Não esperamos o tempo do Senhor e procuramos resolver nossos problemas com nossa "sabedoria". Achamos que não precisamos do Senhor e, quando tudo dá errado, é que nos lembramos que temos um Deus que tem um plano perfeito para a nossa vida. Não sejamos, irmãs, impetuosas mas tenhamos um espírito que descansa no Senhor e que entrega todas as coisas em Suas mãos.

Mas, apesar da impaciência de Raquel, a Bíblia nos diz: "E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre" (Gênesis 30:22).

Raquel, finalmente, pôde dar um filho a Jacó que, no futuro, seria uma bênção para toda a sua família. O seu nome era José.

Vendo este quadro da vida de Raquel, podemos ver quão grande é o amor de Deus por nós. Apesar da nossa desobediência, da nossa infidelidade, Deus é fiel, nos ama e dá a Sua graça. E, podemos ver, que Ele nos ama, não porque somos bons mas porque Ele é bom e fiel.
Irmãs, não é bom sermos filhas deste Deus maravilhoso?

Raquel teve uma vida de espera. Ela esperou:
1- Quatorze anos para se casar com o homem da sua vida;
2- Muitos anos, até Deus, no Seu tempo, abrir a sua madre.

Talvez estes momentos de tribulação da sua vida fizeram-na se achegar mais ao Senhor. Por causa do sofrimento, podemos olhar para a sua vida e aprender com ela duas coisas que devem fazer parte da vida da mulher crente que deseja ser segundo o coração de Deus:
1- Ela teve uma vida de oração que deve ser seguida por cada uma de nós. A oração nos leva até o trono de Deus, onde podemos derramar nossas preocupações, problemas e amarguras que são transformados em uma canção de júbilo e louvor ao Senhor.
A oração nos faz depender do Senhor e nos transforma em mulheres humildes e carentes do Senhor.
2- Ela teve uma vida de fé que deve ser seguida por cada uma de nós.
Colocar no seu primeiro filho o nome de José que significa 'Deus acrescentará' é, realmente, um ato de fé, uma vez que ela tinha dificuldade de engravidar.

A Bíblia nos diz em Hebreus 11:1 o seguinte: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem."

E você, minha irmã, está tendo aqueles momentos de comunhão com o Senhor através da oração?
A sua fé é a mesma daqueles homens e mulheres de Deus que fazem parte da galeria da fé?
Será que Deus está lá no céu acrescentando o seu nome nesta galeria dos heróis da fé?

"Senhor, aumenta a minha fé! Fazei com que eu confie que estás sempre no controle de toda a minha vida. Não importa o que possa acontecer, pois sei que tens um plano maravilhoso para a minha vida.
Que em momento algum da minha vida, eu Te decepcione mas que eu, um dia, atinja a posição de mulher segundo o Teu coração. Amém!"

Raquel, mulher de oração, de fé, teve o seu pedido de ter mais um filho respondido pelo Senhor. Este seu pedido custou a sua vida, pois ao dar à luz o seu segundo filho, ela teve dificuldade. Ele morreu chamando seu filho de Benoni mas Jacó o chamou de Benjamim.

Irmãs, amemos ao Senhor que cuida tanto de nós e sempre nos dá o melhor.
Confiemos que Ele nunca nos abandonará e jamais nos esquecerá.
Assim como Ele cuidou de Raquel dando-lhe dois filhos, Ele também cuidará de nós que também somos suas filhas.

Raquel
Mara Bueno Consani

(Seu nome significa “ovelha”)

Seu caráter:
Manipulada pelo pai, tinha pouco controle sobre as circunstâncias e os relacionamentos de sua vida. Em vez de lidar criativamente com as situações difíceis, comportou-se como uma vítima, reagindo ao pecado com mais pecado, piorando as coisas ao competir com a irmã e enganar o pai.

Seu sofrimento:
Seu desejo de ter filhos levou-a à morte no parto.

Sua alegria:
O marido a amava e fazia todo o possível para torná-la feliz.

Textos-chave:
Gênesis 29 a 35 / Jeremias 31.15 / Mateus 2.18

SUA HISTÓRIA
Seria melhor ser amada e não ter filhos ou não ser amada e ter uma casa cheia de crianças? A pergunta atingiu Raquel como um vento forte fazendo bater sempre a mesma porta.
Lia acabara de dar à luz seu quarto filho, Judá. Em sua alegria, gritara:
- Esta vez louvarei o Senhor (Gn 29.35)
O nome de seu primogênito, Rúben, significava “veja, um filho”; Simeão, “aquele que ouve” e Levi “apegado”, como se Jacó pudesse, um dia, apegar-se àquela tão pouco atraente esposa! Raquel estava farta daquele hábito da irmã de chamar os filhos de modo a enfatizar a esterilidade dela.
Lia havia armado uma cilada para Jacó mediante a traição do pai, mas Raquel ganhara o amor dele desde o primeiro encontro junto ao poço, fora de Harã. Cada gesto dele comunicava que ela era sua favorita. Todavia, isso não a fazia conceber filhos, assim como o desejo de enriquecer não é capaz de gerar riquezas. Raquel deveria ter sido a primeira, a única esposa de Jacó, assim como a tia Rebeca era a única esposa do tio Isaque.
O pai de Raquel, Labão, prometera a filha ao sobrinho, Jacó, desde que ele trabalhasse sete anos em sua propriedade. Sete anos era um prazo longo para esperar um marido. Todavia, Jacó considerara essa uma boa troca e Raquel o amou ainda mais por isso.
Quando se aproximou o dia do casamento, Labão inventou um estratagema para conseguir mais sete anos de trabalho por parte de Jacó. O dia feliz de Raquel se desfez em pedaços no momento em que o pai mandou que a irmã mais velha, Lia, se disfarçasse colocando as roupas nupciais de Raquel.
Quando escureceu, ele levou Lia, com um véu no rosto, até a tenda de Jacó, e os dois dormiram juntos como marido e mulher. Quando a luz da madrugada invadiu suavemente a tenda, Jacó virou-se para Raquel, mas só encontrou Lia a seu lado. A traição de Labão o atingiu em cheio. Apesar do engano, das recriminações e das lágrimas, o casamento não podia ser desfeito.
Raquel, porém, sentiu-se arruinada, com sua benção roubada. O plano distorcido de Labão continuava, no entanto, a pleno vapor. Ele fez outro negócio entregando Raquel a Jacó, na semana seguinte, em troca de mais sete anos de trabalho. As duas irmãs viviam, agora, constrangidas, morando juntas e os filhos de Lia constituíam uma lembrança dolorosa de que Raquel, a segunda esposa, continuava estéril.
- Dá-me filhos, senão morrerei – ela gritou a Jacó certo dia, como se ele pudesse tomar o lugar de Deus e fazê-la conceber. Raquel deu, então, ao marido sua criada Bila, que engravidou e teve dois filhos. Quando Naftali, o segundo filho, nasceu Raquel proclamou para quem quisesse ouvir:
- Com grandes lutas tenho competido com minha irmã e logrei prevalecer. – Mas a batalha entre Raquel e Lia estava longe de terminar.
A amargura de Raquel foi novamente aliviada quando ela deu à luz um filho, a quem chamou José, que significa “possa ele acrescentar” – uma oração profética de que Deus acrescentaria ainda outro filho à sua linhagem.
Certo dia, Deus disse a Jacó que voltasse à terra de Isaque, seu pai. Mais de vinte anos antes, Jacó havia tirado a benção de Esaú e fugido da ira assassina do irmão. Teria recebidos, naqueles longos anos, em dobro pelo que havia feito? A traição de Labão e a luta entre Raquel e Lia o faziam lembrar dos conflitos com o irmão? Deus e Esaú dariam o caso por encerrado? Só o Senhor seria capaz de protegê-lo nessa briga com o irmão.
Enquanto Jacó reunia rebanhos, servos e filhos preparando-se par partir, Raquel roubou os deuses do lar do pai, pequenos ídolos que se julgava assegurariam a prosperidade. Depois de dez dias na estrada, Labão foi encontrá-los nas terras montanhosas de Gileade acusando o genro de roubo. Sem saber o que Raquel fizera, Jacó convidou Labão a revistar o acampamento, prometendo matar quem quer que fosse descoberto com os ídolos.
Tendo aprendido com o pai algumas trapaças, Raquel colocou os ídolos numa sela e sentou-se sobre ela. Quando Labão entrou na tenda, ela o cumprimentou com astúcia feminina dizendo:
- Não te agastes, meu senhor, por não poder eu levantar-me na tua presença; pois me acho com a regra das mulheres (Gn 31.35).
O artifício dela deu certo, da mesma forma que o de Jacó ao enganar o pai muito tempo antes e Labão finalmente desistiu da busca. Mais tarde, Jacó mandou retirar todos os velhos ídolos de sua casa.
Enquanto atravessavam o deserto, Jacó encontrou-se com o irmão, Esaú, e os dois se reconciliaram. Mas a tragédia em breve se abateria sobre a família, quando Raquel teve dificuldade em dar à luz um segundo filho, resposta de suas muitas orações. Ironicamente, a mulher que dissera certa vez que morreria se não tivesse filhos, agora estava à beira da morte por causa de um filho. As últimas palavras de Raquel foram:
- Ele é Benoni, o filho do meu sofrimento.
Essas palavras mostram a angústia pela qual passou no nascimento desse filho.
Jacó, porém, colheu a criança nos braços e, com a ternura de um pai, chamou-o de Benjamim: “o filho da minha mão direita”.
Como o marido, a formosa Raquel tanto foi autora de planos astuciosos como vítima deles. Enganada pelo pai, encarava os filhos como armas no conflito com a irmã. Como acontece freqüentemente, as lições da traição e da competição foram passadas de geração para geração. O filho de Raquel, José, sofreria muito por causa disso, sendo vendido como escravos pelos meios-irmãos, os filhos de Lia.
Todavia, Deus permanece fiel. Mediante uma série de circunstâncias, o José de Raquel governaria um dia o Egito, providenciando refúgio para o pai e os irmãos em meio a um período de fome. Passo a passo, mediante situações impossíveis de prever, o plano de Deus desenrolava-se, a fim de acabar com as divisões, de fazer cessar as lutas e de restaurar a esperança. Usando pessoas com diversos motivos e desejos confusos, Ele revelava sua graça e misericórdia, nunca esquecendo a promessa que fizera.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA
Ciclos Menstruais
“Então, disse ela (Raquel) a seu pai: Não te agastes, meu senhor, por não poder eu levantar-me na tua presença; pois me acho com a regra das mulheres. Ele procurou, contudo não achou os ídolos do lar.” (Gn 31.35).
As palavras de Raquel, aqui, são a única menção, nas escrituras, de um ciclo menstrual típico, além da descrição das leis cerimoniais relativas à menstruação encontradas em Levítico e novamente citadas em Ezequiel.
Raquel sabia, sem sombra de dúvida, que sua manobra deteria com sucesso o pai. Ao afirmar que estava menstruada, ela não só guardou os ídolos falsos que roubara, como também sua própria vida, pois Jacó prometera matar quem quer que tivesse roubado os ídolos de Labão.
Durante o período menstrual da mulher hebréia, ela era considerada “imunda”. As leis eram, porém, mais rigorosas do que justas para resolver esta questão. Os que tocavam uma mulher nesses dias, mesmo por acaso, tornavam-se imundos até a noite. O lugar onde a mulher dormia ou se sentava era também imundo. Quem quer que tocasse em suas roupas de cama ou em seu assento era considerado imundo até lavar as roupas, banhar-se e esperar até a noite.
A mulher era tida como imunda durante sete dias, prazo normal do período dela. Depois disso, era costume que se banhasse, a fim de ficar limpa. Esse era, provavelmente, o banho que Bate-Seba tomava quando o rei Davi a viu (II Sm 11.2-4). Como ela acabara de ter o seu período, Davi pode ter certeza de que o filho de Bate-Seba era seu quando lhe contou que estava grávida.
O fluxo natural do período menstrual da mulher não exigia oferta de sacrifícios para que fosse purificada; devia simplesmente tomar banho e esperar durante um prazo prescrito. Um fluxo mais longo, menos natural, geralmente causado por uma doença ou uma infecção, exigia um sacrifício, a fim de que a mulher ficasse purificada. Nenhum dos dois implicava falha moral por parte da mulher, mas uma vez que o sangue era considerado fonte da vida, tudo o que se referia a ele tornava-se parte importante da lei cerimonial.
Muitas mulheres consideram seu período mensal, um desconforto e irritabilidade que geralmente o acompanham uma provação mensal – algo que elas têm de suportar e do que os homens, criaturas de sorte, são poupados.
Todavia, é só mediante essa função particular de seu corpo que a mulher pode reproduzir e conceber um filho. Embora algumas vezes aborrecido, outras vezes doloroso, só por meio desse processo é que a mulher tem a oportunidade, que não foi dada a homem algum, de gerar uma nova vida. E, ao fazer isso, fica ligada, de maneira exclusiva, ao Criador de toda a vida.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 29.30
32. Como você acha que a maioria das mulheres reagiria à situação no lugar de Raquel? Com amor e preocupação pela irmã não amada? Ou com espírito de superioridade e orgulho?

Leia Gênesis 30.1
33. A agonia expressa pelas palavras de Raquel, aqui, é aquela experimentada pro muitas mulheres ao longo dos séculos. Como o relacionamento íntimo de Raquel e Lia aumentou seu sofrimento? Existiria algum médio de o relacionamento delas ter aliviado a dor que sentiam.

Leia Gênesis 29.30-31 e 30.1
34. Cada uma das irmãs tinha algo que a outra queria. O que Raquel tinha que Lia desejava. O que Lia tinha que Raquel desejava?
35. O descontentamento é algo insidioso, enganando-nos para pensar que aquilo que nos basta já não é mais suficiente. Você se sente, às vezes, descontente por não ter tudo o que gostaria? O que é preciso fazer para resistir a tais sentimentos?

Leia Gênesis 31.19; 30-34
36. Por que Raquel tinha esses ídolos? Por que você acha que ela os escondeu do pai?
37. Você já esteve numa situação que a levou a mentir ou a enganar a fim de proteger a si mesma ou a outra pessoa? Descreva. O que você poderia/deveria ter feito diferente?

Leia Gênesis 35.16-20
38. Em vista do fato de estarem no meio da viagem, descreva como imagina a situação em que Raquel se encontrava ao dar à luz.
39. Um dos paradoxos da vida revelado aqui na trágica história da morte de Raquel é que aquilo que mais desejamos só conseguimos obter desistindo de outra coisa igualmente importante para nós. Você consegue lembrar de uma ocasião em sua vida na qual receber algo que desejava exigiu renunciar a outra coisa?
40. Jacó deu um novo nome a seu filho Benjamim, que significa “filho da minha mão direita”. O que esse novo nome revela sobre a esperança de Jacó para o futuro?

SUA PROMESSA

Gênesis 30.22 diz: “Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda”. Deus lembrou-se de Raquel, mas nunca havia, na verdade, se esquecido dela. Quando a Bíblia usa a palavra lembrar, isso não significa que Deus de esquece e depois recorde subitamente. Como se Deus onisciente e Todo-poderoso do universo batesse de repente na testa com a mão e dissesse: “Xiii! Esqueci de Raquel! É melhor fazer alguma coisa depressa!”
Não. Quando a Bíblia diz que Deus lembrou-se de algo, expressa o amor e a compaixão de Deus por seu povo. Lembra-nos da promessa feita por Ele de nunca nos abandonar nem nos deixar sem apoio ou alívio. Ele nunca nos abandonará. Jamais nos esquecerá. Sempre se lembrará de nós.

Promessas nas Escrituras

Lembrou-se, Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. (Gn 30.22)

Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas bondades, que são desde a eternidade (Sl 25.6)

Tu, Senhor, o sabes; lembra-te de mim, ampara-me. (Jr 15.15)

[...] o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. (Lc 1.49)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO

Lembrou-se, Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. (Gn 30.22)

Medite
Gênesis 30.1-24

Louve a Deus
Porque Ele não nos esquece nem por um momento. Ele está presente e atento, conhece nossos mais íntimos desejos, mesmo quando temos certeza de que Ele nos perdeu de vista.

Agradeça
Por Deus ser o único Criador. Por causa dEle, toda vida humana é sagrada.

Confesse
Que algumas vezes usamos nossos filhos, maridos, lares ou até o tamanho da nossa conta bancária para competir com outras mulheres.

Peça a Deus
Que ajude você a formar amizades sinceras com outras mulheres, a fim de que experimente a alegria de ter irmãs em Cristo.

Eleve o coração
Pense em uma mulher que gostaria de conhecer melhor nos próximos meses. Anote o telefone dela e marque um encontro para um almoço ou um passeio. Faça o possível para separar um tempo para conversar, a fim de começar um relacionamento. Um especialista afirma que é preciso cerca de três anos para constituir uma amizade sólida. Não perca nem mais um minuto!

Oração
“Pai, perdoa-me por permitir que a minha identidade se baseasse no tipo de esposa ou mãe que sou ou no emprego que tenho. Não quero ver outras mulheres como rivais, mas, sim, como amigas em potencial e até como companheiras espirituais. Peço que me leves às amizades que almejo e que me ajudes a ser paciente durante o processo. Amém.”

Rainha De Sabá


- A Que Procurou A Sabedoria

"Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão ... ficou fora de si.
E disse ao rei: Era verdade a palavra que ouvi na minha terra, dos teus feitos e da tua sabedoria.
Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria.
Bendito seja o Senhor teu Deus..." (1Re 10:4,5c,8,9).

No século VI a.C., havia uma rainha muito bela e muito rica que reinava na cidade de Sabá. Esta cidade ficava cerca de dois mil quilômetros da cidade de Jerusalém.
Neste tempo, os meios de comunicação eram muito precários. As notícias, mesmo com todas estas dificuldades, se espalhavam através de pessoas que andavam a pé ou viajavam em jumento ou camelo.
Lendo o livro de 1 Reis, conhecemos esta mulher que além de bonita e rica era também corajosa e decidida.
Notícias do rei Salomão, de sua sabedoria e do seu Deus chegavam até ela. Podemos imaginar o que ela, provavelmente, pensava: "Será verdade que exista um homem tão sábio sobre a face da terra?" e ainda: "Será que existe um deus tão poderoso que faça tantos milagres nesta terra tão distante?" E as perguntas tomavam conta de sua mente e ela continuava... "E se tudo isto for verdade? E se, realmente, este homem existe? E se este deus que tanto falam for verdadeiro?"
Indagações se misturavam em sua cabeça e então ... ela fez uma decisão muito importante que iria mudar toda a sua vida: ELA IRIA ATÉ ISRAEL PARA VER SE TUDO O QUE ESTAVAM DIZENDO ERA VERDADE.
A sua viagem até Jerusalém seria muito longa mas ... ela decidiu fazê-la. Reunindo soldados, servos, animais, presentes e bastante comida, ela partiu de Sabá rumo a Jerusalém, onde ela estaria frente a frente com o homem mais sábio do mundo, o rei Salomão. Calcula-se que a cada dia, ela viajava com toda a sua comitiva, cerca de trinta quilômetros. Isto ela fez por setenta e cinco dias.

Observando esta mulher decidida e corajosa que queria conhecer Salomão e, provavelmente, queria aprender de sua sabedoria, nos lembramos de nós, mulheres que almejam ser decididas, corajosas e sábias. Mas só existe uma "pequena diferença: para conseguir tudo isto não precisamos viajar quilômetros e quilômetros, pois temos diante de nós a Palavra de Deus com toda a sabedoria que o nosso Senhor quer colocar em nossos corações para que nos tornemos mulheres sábias e belas a Seus olhos. Infelizmente, para muitas de nós, esta sabedoria é inatingível, está longe demais, está difícil e é difícil de entendê-la. Mas a Palavra de Deus nos diz em Tiago 1:5 que "... se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente..."

Irmã, assim como a rainha de Sabá, sejamos corajosas e coloquemos em nosso coração o desejo de aprender do Senhor, crescer em Seus caminhos e nos transformarmos em mulheres cheias de sabedoria.

O grande desejo desta rainha era não apenas conhecer o rei cuja sabedoria foi dada por seu Deus mas também conhecer o Deus que fez maravilhas na vida dele.
Ela era uma mulher que queria saber a verdade e queria ver com seus próprios olhos tudo que ela ouvira falar. O próprio Jesus a elogiou ao ver o seu esforço em vir de tão longe para conhecer a sabedoria de Salomão. Em Mateus 12:42, Ele disse que ela "... veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão."

Irmã, não seria bom se o Senhor pudesse dizer de mim e de você ... "Ela vem todos os dias ter momentos de comunhão coMigo e aprender de Mim para que possa se transformar numa mulher sábia e assim poder transmitir às outras mulheres o que Eu ensino a ela na Minha Palavra"?
Irmã, sejamos corajosas e fortes com as coisas do Senhor. Assim como a rainha de Sabá, não devemos medir esforços, nem distância, nem tempo para aprendermos mais sobre Aquele que não mediu esforços para morrer no meu e no seu lugar para nos dar a vida eterna. Devemos assim como ela, partir em busca de sabedoria.
Esta mulher merece, realmente, a nossa admiração, pois ela...

1- não se preocupou com o cansaço a fim de que pudesse alcançar seu objetivo;
2- não se preocupou com a distância, embora, provavelmente, tivesse que viajar uns setenta e cinco dias;
3- não se preocupou com quanto iria gastar com os presentes que ela estaria levando para o rei Salomão - muito ouro, especiarias e pedras preciosas.

O mais importante para ela era conhecer o rei Salomão, ver se, realmente, era como ela tinha ouvido falar e saber mais sobre o Deus que ele confiava.
Depois de uma longa e cansativa viagem, esta bela e rica rainha que veio ver e ouvir da sabedoria de Salomão, chegou a Israel com toda a sua comitiva: "com camelos carregados de especiarias, e muitíssimo ouro, e pedras preciosas" (1Re 10:2b). A Bíblia nos diz que ela "disse-lhe tudo quanto tinha no seu coração", e ainda que "... Salomão lhe deu resposta a todas as suas perguntas, nada houve que não lhe pudesse esclarecer" (1Re 10:2c,3).

Quando a rainha viu a sabedoria de Salomão, a casa que ele fizera, a comida que havia na sua mesa, o modo de agir de seus servos, as suas vestes, os seus copeiros e os holocaustos que ele oferecia na casa do Senhor, a Bíblia nos diz que ela "ficou fora de si" (1Re 10:5b).

Ah, irmã, muitas de nós têm os corações endurecidos e não mais se maravilham ...

1- quando ouvem a Palavra de Deus;
2- quando lêem a Bíblia;
3- quando cantam hinos de louvor ao Senhor;
4- quando oram.

Muitas de nós não sentem necessidade de sabedoria, pois a nossos olhos já somos suficientemente sábias.
Muitas de nós não sentem vontade de crescer espiritualmente para se transformarem em mulheres segundo o coração de Deus.
Como seria bom para nossas almas se alguém pudesse dizer de nós o que ela disse ao rei:
"Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor teu Deus, que teve agrado em ti ..." (1Re 10:9a).
Como seria bom se alguém nos dissesse: "Bem-aventurados são aqueles que te cercam, teu marido, teus filhos e os que trabalham para ti e que têm a oportunidade de ouvir a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor teu Deus, que teve agrado em ti..."
Ah, irmã, que privilégio ser uma mulher do agrado do Senhor!

Em 1 Reis 10:13 a Bíblia nos diz que... "... o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo o que ela desejou, tudo quanto pediu, além do que dera por sua generosidade..."
E a rainha de Sabá partiu para a sua terra com seus servos, conhecendo não apenas o homem mais sábio do mundo - o rei Salomão - mas conhecendo um Deus que lhe deu um coração desejoso de buscar conhecimento não só das coisas terrenas mas das coisas eternas.

Em Mateus 6:21 a Palavra de Deus nos diz que "onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."
Então, irmã, que o nosso tesouro esteja repousando nos braços do Senhor e que o nosso coração esteja almejando, ardentemente, crescer no pleno conhecimento de Deus, pois só assim Ele nos abençoará com sabedoria.

Raabe


A Mulher Que Escolheu Ajudar... Acreditar... Confiar



"Porém, aquela mulher tomou os dois homens, e os escondeu..." (Josué 2:4).

Raabe, juntamente com Sara e Joquebede, faz parte da galeria dos grandes heróis da fé de Hebreus 11.

Vejamos o que a Palavra de Deus nos fala de cada uma delas:

1) Sara - (casada com Abraão, o amigo de Deus) "Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido" (Hebreus 11:11).
2) Joquebede - (casada com Anrão e mãe de Moisés) "Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei" (Hebreus 11:23).
2) Raabe (não era casada mas era, na verdade, uma prostituta) - "Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias" (Hebreus 11:31).

Como vemos, Raabe era uma prostituta. Ela não tinha a mesma educação, nem o mesmo conhecimento de Deus como tinham Sara e Joquebede. Sabemos que ela fez escolhas que agradaram a Deus e que a fez ter o mesmo valor destas outras duas mulheres de fé, diante do Senhor.
Ela fez escolhas certas porque já tinha ouvido falar no Deus de Israel. Ela ouviu falar no Deus que fazia milagres diante de todo o povo de Israel para favorecê-lo. Ela jamais poderia imaginar que, um dia, estaria frente a frente com dois israelitas que iriam precisar da sua ajuda.
O Senhor já, de antemão, preparava o seu coração. Ela, provavelmente, admirava este povo cujo Deus fazia tantas maravilhas. Por já amar este povo, ela, então, decidiu ajudar aqueles dois espias israelitas, provando que tinha fé no Deus Todo Poderoso que, com certeza, a livraria de uma morte certa.
Apesar de ser prostituta, ela tinha qualidades que, hoje em dia, é difícil de se encontrar, até mesmo, entre mulheres de Deus. Raabe era...

1- uma mulher corajosa (Você, amada irmã, teria coragem de morrer por amor a Cristo?);
2- uma mulher que tinha um coração muito bom (Você tem misericórdia daqueles que estão sofrendo? Você ajuda aqueles que estão necessitando de você mesmo pondo em risco a sua própria vida como fez Raabe?);
3- uma mulher de muita fé (Você crê em tudo que a Bíblia diz? Você crê que Jesus morreu em seu lugar? Você crê que Ele nos garante a vida eterna? Você crê que aceitando Jesus como seu Salvador, você se reconcilia com Deus Pai? Você crê que aceitando Jesus você fará parte da família de Deus?).

Em Hebreus 11:6, a Bíblia nos diz que "... sem fé, é impossível agradar-Lhe."
Sejamos como Sara que creu que o Senhor daria a ela um filho de cuja linhagem nasceu o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Sejamos como Joquebede que, apesar de ter lançado o seu filho (Moisés) no rio Nilo, ela creu que o Senhor estava no controle de tudo.
Sejamos, finalmente, como Raabe que, mesmo não sendo judia, ajudou os dois espias enviados por Josué porque creu no Deus de Israel.

Por causa de sua fidelidade ao povo de Deus, o Senhor a poupou, como também a toda a sua família quando da destruição de Jericó.
Além de tudo isso, ela ainda casou com Salmon, viveu em Israel e foi a mãe de Boaz, aquele que se casou com Rute que foi a bisavó do rei Davi. Jesus, o nosso Senhor e Salvador foi, então, descendente de Raabe, a prostituta.

Quando estamos andando com o Senhor, quando pela fé cremos que o Ele está no controle de tudo, bênçãos são derramadas em nossa vida.
Nunca duvide do Senhor! Creia que Ele não é apenas seu Deus mas é também seu Salvador. Confie e nunca duvide, pois ...
"A dúvida vê os obstáculos. A fé vê o caminho.
A dúvida vê a escuridão da noite. A fé vê o dia.
A dúvida tem medo de dar um passo. A fé eleva-se nas alturas.
A dúvida pergunta: 'Quem acredita?' A fé responde: Eu." (Elizabeth George)

Raabe recebeu do Senhor muitas bênçãos graças a alguns passos que ele decidiu dar:

1- Ela, apesar de não fazer parte do povo de Deus, ajudou os espias enviados por Josué;
2- Ela, apesar de não fazer parte do povo de Deus, acreditou naqueles dois homens;
3- Ela, apesar de não fazer parte do povo de Deus, creu na promessa de que eles poupariam a sua vida e a vida de sua família quando Jericó fosse destruída.

Vemos na Bíblia que Deus nos oferece inúmeras promessas. Dentre tantas, vemos ...

a) a Sua promessa em não nos abandonar (Hebreus 13:5) ...
"... Não te deixarei, nem te desampararei."

b) que Ele supre as nossas necessidades (Filipenses 4:19) ...
"O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus."

c) que Ele nos dá a salvação (Romanos 10:9) ...
"... Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo."

Ah, amada irmã, existem promessas mais preciosas do que estas? Todas elas nos fazem exultar de júbilo, de alegria e de agradecimento a este Deus tão amoroso que cuida de nós, supre todas a nossas necessidades e, além de tudo isto, ainda nos dá a salvação eterna junto a Ele.
Confiemos no Senhor, sejamos mulheres que mostram ao mundo perdido, uma fé inabalável, uma fé que nos deixam confiante no Deus que nunca falha!

Tenhamos a fé de Raabe que, corajosamente, enfrentou o rei, não entregando os espias e arriscando perder a sua própria vida. Ela não conhecia as palavras que, no futuro, um apóstolo de Jesus (Pedro) diria ao sumo sacerdote, mas o seu coração, certamente, falava as mesmas palavras dele ...
"... Mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:29).
Tenhamos a fé de Raabe que, agora, conhecendo o Deus de Israel, sabia que a sua cidade seria destruída mas ela queria a sua salvação e a salvação de toda a sua família. Ela queria a salvação física mas, principalmente, a salvação espiritual que daria a ela e a todos os seus, a vida eterna.

Raabe fez um grande bem a estes dois homens judeus porque, não só conhecia os feitos maravilhosos do Deus deles mas também porque ela tinha uma natureza amorosa. Esta característica que tinha Raabe deve ser seguida por nós, pois é a própria Bíblia que nos exorta em Gálatas 6:10 quando diz ... "... enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé."

Certamente, Raabe sofreu com a destruição da sua cidade e do seu povo mas, por outro lado, se alegrou por Deus ter dado a ela, uma prostituta, a oportunidade de servi-Lo, amá-Lo e fazer parte do Seu povo.

Muitas vezes, nos maravilhamos com as decisões que o Senhor faz. Podemos ver, por exemplo, Ele escolhendo pessoas imperfeitas para por em prática o Seu plano perfeito. Vejam este quadro:

Raabe - uma prostituta de cuja descendência nasceu Jesus, o nosso Salvador.
Sara - uma mulher estéril que, aos 90 anos, deu à luz Isaque.
Moisés - um homem gago usado por Deus para falar com Faraó e salvar o seu povo da escravidão do Egito.
Davi - um jovenzinho que cuidava de ovelhas e se tornou rei de Israel e um homem segundo o coração de Deus.
Paulo - um homem perseguidor de cristãos que levou o evangelho a todo o mundo ímpio.
Jumenta de Balaão - que foi usada pelo Senhor para impedir Balaão de amaldiçoar o povo judeu.

Vemos que Deus transforma vidas, muda corações, fortalece os fracos... e pode também mudar a mim e a você. Temos somente que ficar atentas ao Seu chamado e querer, de todo o coração, servi-Lo e estar sempre pronta a dizer: "Eis-me aqui" (1 Samuel 3:6).
Estejamos sempre prontas para servir ao Senhor a qualquer hora, a qualquer momento ...

"Senhor Deus, meu Pai, ajuda-me a saber sempre os Teus planos para a minha vida.
Que eu possa reverenciá-Lo e obedecê-lo sem duvidar e sem questionar.
Obrigada por dar-me oportunidades de falar do Teu amor e plano de salvação aos perdidos.
Obrigada por sempre preparar o melhor para a minha vida.
Que eu possa ser corajosa, destemida e uma mulher cheia de fé assim como foi Raabe.
Amém!"






RAABE
Mara Bueno Consani


(Seu nome significa “tempestade”, “arrogância”, “amplidão” ou “espaçoso”.)


SEU CARÁTER : Raabe era inteligente e sábia. Percebeu a aproximação do juízo sobre a cidade onde morava e arquitetou um plano de fuga para ela e par toda a família. No momento em que soube o que Deus fizera para os israelitas, decidiu participar da sorte deles arriscando a vida num ato de fé.

SEU SOFRIMENTO : Ver o seu povo destruído e sua cidade demolida.

SUA ALEGRIA : Por Deus Ter dado a ela, uma idólatra, uma prostituta, a oportunidade de conhecê-Lo e de pertencer a Seu povo.

TEXTOS-CHAVE: Josué 2.1-21; 6.17-25; Mateus 1.5; Hebreus 11.31; Tiago 2.25

SUA HISTÓRIA
Jericó é, provavelmente, a cidade mais antiga do mundo. Construída por volta de seis mil anos antes que Miriã e Moisés completassem sua peregrinação no deserto, suas ruínas podem ser encontradas cerca de 27 quilômetros a nordeste de Jerusalém. Porta de entrada para Canaã, ali residia também um prostituta chamada Raabe, cuja casa aninhava-se confortavelmente sobre os muros largos.
Além de entreter os homens da cidade, Raabe recebia hóspedes das várias caravanas, cujas rotas passavam por Jericó. Homens de todo o Oriente levaram notícias de uma multidão acampada a leste do Jordão. Raabe ouviu histórias maravilhosas sobre os feitos do Deus dos israelitas. Como ele secara o Mar Vermelho, a fim de que pudessem escapar dos feitores de escravos egípcios. Como lhes dera vitória na batalha contra Seom e Ogue, dois reis dos amorreus. Durante quarenta anos, o Deus dos israelitas os havia treinado e fortalecido no deserto. Tais rumores espalharam o terror em Jericó.
Josué enviou dois espiões a Jericó a fim de sondar os seus segredos. Os espiões logo descobriram a casa de Raabe, onde ela os escondeu debaixo dos talos de linho que secavam no telhado. Mais tarde, no mesmo dia, Raabe recebeu uma mensagem do rei de Jericó perguntando a ela sobre os espiões que haviam se refugiado em sua casa.
- É verdade que os dois homens vieram a mim, porém eu não sabia donde eram (Js 2.4) – mentiu ela aos mensageiros do rei. – Sendo já escuro eles saíram; não sei para onde foram; ide após eles depressa, porque os alcançareis (v.5).
Tão logo os homens do rei partiram, ela correu para o trabalho e depressa avisou os dois hóspedes:
- Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados [...]. Porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Agora, pois, jurai-me vos peço, pelo Senhor que, assim como usei de misericórdia convosco, também dela usareis para com a casa de meu pai; e que me dareis um sinal cetro de que conservareis a vida a meu pai e a minha mãe, como também a meus irmãos e minhas irmãs, com tudo o que têm, e de que livrarei a nossa vida da morte.
Os homens responderam a esta notável declaração de fé:
- A nossa vida responderá pela vossa! – selando, assim, o pacto.
Os dois espiões deram rapidamente a Raabe um cordão escarlate, instruindo-a atá-lo na janela do lado da casa construída no muro da cidade. Os israelitas, ao invadir o lugar, veriam o sinal e poupariam a todos os que estivessem dentro da casa. A seguir, Raabe avisou os homens para se esconderem durante três dias nos montes até que seus perseguidores abandonassem a caçada. Com isso, eles saíram pela janela e desceram os muros de Jericó.
Josué permaneceu um bom tempo com um sorriso nos lábios, feliz, depois de ouvir os espiões contarem as boas notícias. Agora era a hora de avançar. Reuniu o povo e guiou-o para atravessar o Jordão. Embora o rio estivesse em seu período de cheia, um enorme exército de israelitas atravessou a seco. Deus estava com eles, da mesma forma que os acompanhara quando deixaram o Egito. Só que, desta vez, ninguém os perseguia – Israel se tornara o exército perseguidor, pronto par a batalha!
As notícias de que as águas do Jordão abriram ao meio para os israelitas, aterrorizaram os habitantes de Jericó. Raabe ficou observando ansiosamente pela janela, no muro, enquanto os israelitas reuniam-se ao redor da cidade como uma tempestade que cresce a cada momento. Aqueles guerreiros ferozes com seu Deus poderoso lembrariam do cordão escarlate? Pela milésima vez, ela avisou a família, especialmente as crianças, que não dessem sequer um passo fora da casa, para que não morressem.
Naquele primeiro dia, Raabe observou sete sacerdotes carregando uma arca e guiando seis mil homens ao redor da cidade. Ela prendeu a respiração, mas nada aconteceu. No dia seguinte, e no outro, e durante mais cindo dias isso continuou. Então, quando o sol estava nascendo no sétimo dia, os homens de Israel marcharam outra vez, rodeando Jericó sete vezes. De repente, ela ouviu a trombeta de chifre de carneiro soar poderosamente, um som alto a ponto de partir uma montanha. Os muros da cidade caíram, e os israelitas entraram impetuosamente. Raabe tentou fechar os ouvidos para abafar o som do tumulto e da desordem lá fora. Quando a batalha de Jericó terminou, Raabe e seus entes queridos haviam sido poupados. Sua fé salvara não só a si mesma, mas também a todos de sua casa do terrível juízo decretado contra a cidade.
O fim de Jericó nos lembra o de Sodoma. Em Sodoma, Ló e suas filhas foram poupadas; em Jericó, Raabe e sua família. Mas, ao contrário de Ló ou de sua mulher, Raabe não hesitou uma vez sequer. Ela é a única mulher citada pelo nome e elogiada por sua fé como parte da grande “nuvem de testemunhas” mencionada no livro de Hebreus. Prostituta e vivendo no meio de um povo idólatra, Raabe era como um ramo removido do fogo. Com a destruição de seu povo, deixou tudo para trás, tornando-se ancestral do rei Davi e, portanto, também uma ancestral de Jesus.
A história de Raabe é dramática. Ela nos mostra que a graça de Deus não aceita limites. O cordão vermelho que salvou Raabe e sua família lembra o sangue de Jesus, que ainda hoje nos salva, e as palavras de Isaías: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve” (Is 1.18). Raabe colocou sua fé no Deus de Israel e não ficou decepcionada.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA
Os muros da cidade
Jericó é, provavelmente, mais conhecida hoje por seus muros enormes, os quais caíram por causa da fé demonstrada pelo povo de Israel (Hb 11.30). Um muro ao redor da cidade é sua marca de distinção. Qualquer comunidade sem muros não passava de um vilarejo, cujos habitantes corriam para a cidade murada mais próxima em busca de proteção durante uma batalha ou guerra.
Raabe vivia numa casa sobre o muro de Jericó. Ela devia ter uma bela vista não só da cidade, como também da área que ficava fora dos muros protetores. Essa visão, que lhe dava a posição vantajosa perfeita para reconhecer prováveis clientes quando entravam e saíam de Jericó, pode ter-lhe sido muito útil para cuidar de seu negócio de prostituição.
Casas, negócios, torres de vigia, posições de arqueiros – tudo podia ser construído no alto ou dentro dos muros, que mediam cerca de 6 a 9 metros de largura. Quanto mais forte o sistema de muralhas ao redor de uma cidade (algumas tinham um muro interior e outro exterior), tanto mais fácil defende-la dos invasores que vinham através das planícies.
A maioria dos muros das grandes cidades era construída de grandes pedras e argamassa. Algumas pedras do muro do templo em Jerusalém ainda existem. Suas dimensões são : 9 metros de comprimento, 2 metros de largura e 13 metros de altura. Cada pedra tem 80 toneladas!
Mas pedra nenhuma foi suficientemente grande para proteger a cidade de Jericó do poder de Deus por meio de seu povo. Não foi preciso usar aríetes para fender os muros. Só necessitaram de fé no que Deus disse que faria. E os muros caíram.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Josué 2.1-7
9. O que você acha que levou Raabe a esconder os espiões hebreus? Por que a casa de uma prostituta seria um bom lugar para os espiões irem ao entrar na cidade?
10. Embora Raabe fosse prostituta, a profissão mais baixa para uma mulher, que características positivas ela possuía?
11. Por que você pensa que Deus escolheu usar alguém como Raabe?
12. O que isso diz sobre quem Deus poderia escolher usar hoje para avançar seu reino?

Leia Josué 2.14-18
13. Por que você acha que os espiões estavam dispostos a fazer um trato com Raabe, trocando sua vida pela dela?
14. As atitudes corajosas de Raabe pouparam não só sua vida, como também as dos membros de sua família. Que atos de bravura você pode empreender com a finalidade de poupar seus entes queridos de futuras dificuldades e perigos?

Leia Tiago 2.25
15. Tiago menciona Raabe em seu apelo para que os crentes não esqueçam que as obras são um produto importante da fé. Como os atos de Raabe demonstram essa verdade?
16. Que lição de obediência e de fé você pode aprender da prostituta Raabe?


SUA PROMESSA

A história de Raabe revela a disposição de Deus para usar os imperfeitos, os rejeitados, os que podemos considerar inadequados para executar seus propósitos santos. Em todas as Escrituras, como algo que pode ser considerado um toque de humor divino, Deus escolhe alguém com dificuldades na fala para ser seu porta-voz (Moisés), um fraco par defende-lo (Gideão), uma mulher estéril para ser mãe de uma nação (Sara), um filho mais moço de quem ninguém da família sequer lembrava para ser o rei mais inesquecível de seu povo (Davi), uma jovem desconhecida para ser mãe de seu Filho (Maria) e um perseguidor de cristãos para levar o evangelho às nações (Paulo).
Deus não espera que sejamos sem defeito algum nem que cheguemos ao pleno amadurecimento na fé para nos usar. Em vez disso, ele toma pessoas comuns, de boa vontade e realiza o extraordinário, tanto em suas vidas como na vida dos que os rodeiam. Como fez com Raabe, Deus promete usar-nos e, mediante essa experiência, aperfeiçoar-nos.

Promessas nas Escrituras

“Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” (Is 40.28-31)

“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estados com Jesus.” (At 4.13)

“Quando sou fraco, então é que sou forte.” (II Co 12.10)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO

“Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito [...] Agora, pois, jurai-me, vos peço, pelo Senhor, que, assim como usei de misericórdia para convosco, também dela usareis para com a casa de meu pai.” (Js 1.9-10,12)

Medite
Josué 2.1-21

Louve a Deus
Por dar às mulheres posições de destaque em seu plano de salvação.

Agradeça
Porque ninguém, inclusive nós, está fora do alcance da graça.

Confesse
Nossa má vontade em aceitar riscos a fim de seguir a Deus.

Peça a Deus
Que aumente sua reverência para com Ele.

Eleve o coração
Use uma fitinha vermelha como marcador de livros, amarre uma fita vermelha ao redor do vaso de uma planta favorita ou coloque um laço decorativo em um arranjo floral seco para lembrá-la da importância de viver pela fé. Cada vez que enxergar seu cordão escarlate, procure lembrar do sacrifício de Jesus para salvar sua vida. Peça-lhe, como fez Raabe, que vigie e proteja cada membro de sua família. Faça uma oração silenciosa pedindo a Deus que aumente sua fé. É da fé, afinal de contas, que dependem sua vida e a vitalidade de seu relacionamento com Deus.

Oração
Pai, eu te louvo pelas maneiras maravilhosas e inesperadas como tens agido em minha vida. Permita que o conhecimento de tua fidelidade aumente minha coragem para aceitar os riscos que a fé exige.