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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Os Últimos Pecados a Morrer: O Ciúme,A Inveja e a Contenda


 
Aristóteles definia ciúmes como o desejo de ter o que outra pessoa possui. Era originariamente uma palavra boa e referia-se ao desejo de imitar uma coisa nobre da outra pessoa.  Mais tarde a palavra passou a ser associada com um desejo lascivo daquilo que pertencia a outra pessoa.  Salomão reconheceu a vaidade (inutilidade) desse pecado quando disse:  "Então vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo" (Eclesiastes 4:4).  Tentar "seguir o padrão de vida do vizinho" é um pecado que não somente nos impedirá de ir para o céu, mas também mesmo nesta vida nos tirará a satisfação (Filipenses 4:12-13).

Embora o ciúme simplesmente cobice a riqueza e a honra  dos outros, a inveja é algo que se faz acompanhar de rancor.  A inveja não é necessariamente querer para nós mesmos, mas simplesmente querer que seja tirado do outro.  A inveja é o sentimento de infelicidade produzido por presenciarmos a vantagem ou a prosperidade do outro.  Os invejosos se incomodam com os sucessos dos amigos.

O ciúme e a inveja são sempre seguidos da contenda na igreja (Romanos 13:13; 1 Coríntios 3:3).  Quando nos magoamos por causa daquilo que outros conquistaram, quer financeiramente, quer na reputação, a ambição egoísta nos torna arrogantes contra o nosso irmão (Tiago 3:14).  O ciúme dos coríntios para com os pregadores gerou contenda e divisão (1 Coríntios 3:3-4).  Os irmãos ciumentos estão associados com a contenda, com a ira, com as disputas, as maledicências, a difamação, a arrogância e as perturbações (2 Coríntios 12:20).  O ciúme e a inveja levaram os irmãos de José a querê-lo morto, geraram a rebelião de Coré, levaram Caim a matar Abel, o Sinédrio a matar Jesus e aprisionar os apóstolos.  Muitos hoje e no primeiro século pregam e pregaram a Cristo movidos pela inveja (Filipenses 1:15).  São zelosos pela causa de Cristo, mas esse zelo é motivado pelo desejo de desacreditarem outros irmãos.

A contenda nasce da inveja, da ambição e do desejo de prestígio, de posição e de destaque.  É o espírito que nasce da competição desmedida e ímpia.  A contenda corre solta quando os cristãos odeiam ser superados.  Domina quando o homem se esquece que só o que se humilha pode ser exaltado.  Os irmãos invejosos e competitivos cobrem o seu pecado com debates "consagrados" sobre as palavras e sobre as questões controversas (1 Timóteo 6:4-5).  Que a nossa posição a favor da verdade não seja obscurecida com o motivo pecaminoso da inveja que nos conduz à contenda.

Uma vez que a contenda entra na igreja, o culto passa a ser inviabilizado.  Os cristãos, e mesmo os presbíteros e pregadores, ficam tão preocupados com os seus direitos, dignidade, prestígio, práticas e procedimentos que fica impossível haver uma atmosfera que dê margem ao louvor e à adoração.  Com o ciúmes e a inveja no coração, não podemos fazer julgamentos justos; o julgamento parcial só gera mais contenda.  A adoração a Deus e as disputas dos homens não combinam.

O ciúme e a inveja parecem ser os últimos pecados a desaparecer da vida do Espírito.  Após a longa lista que Paulo apresenta de pecados da carne e do fruto do Espírito em Gálatas 5, ele conclui o seu pensamento com a advertência:  "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.  Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" (5:25-26).  Ninguém acusou os apóstolos durante o ministério de Jesus de fornicação, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçaria, embriaguez e orgias ­ mas na noite antes de Jesus morrer, eles eram invejosos e cheios de contenda (Lucas 22:24).  Não é necessário participar do trabalho da igreja por muito tempo para descobrir que fonte eterna de problemas é a inveja.

Como corrigimos o espírito invejoso e ciumento em nós mesmos?  "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.  Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos" (Romanos 12:15-16).  "Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo" (1 Pedro 3:8-9).

"Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz" (Tiago 3:18).  Todos estamos tentando ceifar uma colheita resultante da boa vida, mas as sementes que produzem essa colheita jamais podem brotar numa atmosfera que não seja aquela com os relacionamentos corretos.  O grupo em que há inveja e contenda é um solo infértil, em que não pode crescer nenhuma colheita justa.

domingo, 17 de julho de 2011

PREPARAÇÃO PARA OBREIROS -Curso CPAD

PREPARAÇÃO PARA OBREIROS

Preparar obreiros para o serviço do Senhor em nossas congregações;
dar o crescimento em qualidade ao Ministério das nossas igrejas;
evitar os escândalos no Corpo de Cristo; e
orientar a vida ministerial dos amados irmãos.
Introdução:
Sempre foi necessário ao ministério das igrejas evangélicas um curso preparatório para os obreiros, tudo em virtude do crescimento ministerial que tem ocorrido nas igrejas e da crescente onda de mundanismo que tenta invadir as congregações em nosso país e ao redor do mundo. Como se vê, este trabalho não está voltado ao simples conhecimento teológico acerca das doutrinas cristãs, mas o objetivo central é preparar o obreiro no exercício das funções ministeriais. Haja vista que a estrutura social da Igreja tem tomado muito mais forma do que a espiritual. Aqueles que tem aceitado a Cristo hoje, já não se parecem nada com o cidadão que o aceitava há vinte anos atrás, geralmente ele conhece as leis civis, os códigos de conduta sociais e às vezes alguns aspectos da fé. É comum atualmente ouvirmos termos como: ética, respeito, educação, postura, etc, sendo exigido de nossos obreiros, por parte dos membros da igreja. Essa é uma característica do tempo presente, o lado social vai crescendo enquanto o espiritual vai ficando para o segundo plano, isso deve ser combatido, e só com obreiros preparados isso será possível.
É fácil observar pessoas tristes e frustradas por não receberem uma oportunidade ou não serem convidadas para esse ou aquele evento na igreja. A idéia com esse estudo, é mostrar o que a Bíblia nos ensina, pois é possível ser social e altamente espiritual At 6.5. Hoje o Obreiro deve aprender que "estar ligado" nem sempre é estar em espírito, às vezes é "estar prestando atenção!"

Definições:
Damos aqui algumas definições para facilitar o estudo:


Obreiro
Em um sentido genérico, seria todo aquele que trabalha na Obra do senhor, mas o termo é usado especificamente no meio evangélico para designar os que foram consagrados para exercerem cargos ministeriais de qualquer natureza, seja pastor, presbítero, diácono ou auxiliar de trabalho, seja homem ou mulher, todos são obreiros do Senhor, é muito comum na Assembléia de Deus o uso do termo para designar apenas o auxiliar de trabalho ou cooperador.


Pastor
É o anjo da Igreja, ou líder espiritual do rebanho, o que tem a função principal de apascentar as ovelhas e recebe orientação do Senhor no desempenho dessa missão Ap 2.1. Em o Novo Testamento equivale a bispo e presbítero At 20.17,18, mas atualmente nas Assembléias de Deus se diferencia do presbítero nas funções ministeriais, e vem depois do bispo na hierarquia funcional das denominações que possuem o sacerdócio episcopal. Tem a função também de administrador da Igreja de Cristo 1 Pe 5.1-3. Devido à necessidade da obra de Deus e ao chamado, o pastor também recebe designações especiais como Evangelista e Missionário.


Evangelista
Equivalente ao cargo de pastor e muitos vezes é chamado de pastor evangelista, tem a função de coordenar os trabalhos de evangelismo na área de influencia da igreja local, pode também ser enviado para abrir ou dirigir algum trabalho de oração ou até mesmo alguma congregação.

Missionário
É o obreiro comissionado para uma obra de missão, dentro ou fora do país, para evangelização e/ou abertura de congregações, é também atribuído às irmãs consagradas para essa obra.

Presbítero
O nome vem do grego que significa "o mais idoso" era o ancião responsável pela observância da justiça nas cidades gregas, em o Novo Testamento, equivale ao pastor e ao bispo At 20.17,18, e por essa equivalência em muitas denominações atualmente o presbítero se constitui em um auxiliar e substituto direto do pastor e exerce funções administrativas e de ministro, responsável pelo ensino da Palavra, aconselhamento, direção dos trabalhos da igreja e unção com o óleo, entre outras. No tempo apostólico o presbítero era o dirigente das congregações Tt 1.5-7, atualmente vem depois do pastor na hierarquia funcional, há quem critique as denominações evangélicas de tirarem o sentido real e a importância da palavra ao criarem o cargo de pastor.


Diácono
O nome vem do grego e significa "servidor", leia At 6.1-7. Entende-se nesta passagem que o objetivo da instituição dos diáconos era basicamente para servir as mesas, mas devido à ascensão social da Igreja as funções do diácono tiveram seu caráter modificado, embora mantenha a mesma essência, agora o diácono é o principal responsável pelos meios que fazem o culto funcionar, como água, som, limpeza da igreja, organização, e anotações diversas entre outras. Diante do aqui exposto o diácono é o cargo ministerial que melhor expressa a intenção do Senhor em Jo 13.12-15. O ideal é que todo obreiro antes de alcançar qualquer função de maior responsabilidade ou relevância na Obra de Deus, tenha passado pela escola do diaconato, assim como Moisés passou quarenta anos no deserto aprendendo a servir em humildade para só depois então, ser enviado pelo Senhor para libertar e conduzir o povo de Deus pelo deserto até a terra prometida Ex 3.2,10.


Diaconisa
É o equivalente ao diácono e diz respeito às irmãs consagradas com as mesmas funções dos diáconos, algumas denominações não adotam este cargo por não encontrarem referência Bíblica dele, porém existem tarefas que são peculiares às irmãs, como cozinhar, tomar conta de berçário entre outras. Várias mulheres na Palavra de Deus, foram cooperadoras do Senhor Jesus no seu ministério terreno Mt 27.55,56.


Auxiliar de Trabalho (Cooperador)
O Auxiliar de Trabalho é uma função que precede ao Diácono, o termo é relativamente novo e não se encontra na Bíblia, por conta disso, algumas denominações mais rígidas quanto à doutrina, não o reconhecem como cargo ministerial. Embora não haja referência bíblica sobre o cargo, ele pode ser inferido no contexto de 1 Tm 3.10. Baseado neste conceito, o cargo de auxiliar de trabalho foi criado com o objetivo de experimentar o obreiro para o diaconato, é como se o obreiro ficasse em um período de observação, para ao ser aprovado como obreiro, fosse então consagrado a Diácono. Ocorre freqüentemente no meio "assembleano", que alguns auxiliares de trabalho se destaquem tanto, que a própria igreja local o considerem como diácono antes mesmo da sua consagração.

Obs.:
Convém observarmos antes de iniciarmos o estudo propriamente dito, que o corpo de obreiros, está sob a liderança do pastor e tem como atribuição principal a de liderar e organizar a comunidade dos remidos, sendo como auxiliares do pastor no desempenho de sua missão, que é a de conduzir o povo de Deus ao céu, para essa atribuição seja desempenhada com êxito, é necessário que no ministério haja organização, e por isso os obreiros obedecem a uma hierarquia funcional eclesiástica, onde viria na seguinte ordem:
pastor presidente, pastor auxiliar, evangelista ou missionário, presbítero, diácono e auxiliar de trabalho. Convém lembrar que a hierarquia aqui exposta é apenas funcional e não pessoal, é apenas para fins de
organização e trabalho, a hierarquia no reino de Deus obedece ao critério da humildade Lc 22.24-27.


CONDUTA DO OBREIRO NAS ATIVIDADES DA IGREJA
É durante o culto e eventos, da igreja, que o obreiro mais tem contato com os membros de uma forma geral, é nesse momento que ele é observado e julgado por suas atitudes pela igreja, podemos minimizar ao máximo os danos causados pelo julgamento precipitado, observando, além daquilo que a Bíblia coloca como requisitos para o ministério e das tarefas específicas do obreiro, alguns procedimentos diante da igreja, que passaremos a apresentar a seguir.

Tudo o que a Bíblia ensina como comportamento e ordenanças para o povo de Deus, deve ser primeiramente evidenciados nos obreiros para que estes sirvam como exemplo para todos os membros, assim o obreiro será também um agente motivador.

Obs: Todas as recomendações apresentadas aqui, devem ser seguidas por todos os obreiros, seja homem ou mulher, basta que esteja a serviço do Senhor.


Aspectos Pessoais
a) Apresentação individual
Qualquer empresa ou instituição zela pela boa apresentação de seus funcionários, pois isso por si só já se constitui em um cartão de visita, é correto afirmarmos que a roupa não salva, mas também devemos observar na casa de Deus o que a Bíblia chama de "ordem e decência," até mesmo pela ênfase que Palavra de Deus dá ao assunto At 6.3. Detalhes como roupa limpa e passada, barba bem feita, cabelo cortado, sapato engraxado e unhas cortadas, podem fazer muita diferença diante de Deus e dos homens. Diante de Deus, pela importância que demonstramos a tudo aquilo que se relaciona com nosso Deus e diante dos homens pela ação motivadora e glorificação ao nome de Deus 2 Cr 9.3,4.
b) Gentileza
Há razões simples para sermos gentis no trato com todos, uma delas seria a própria fé que pregamos, pois seria no mínimo incoerente falarmos que o fruto do espírito é amor, benignidade, bondade, paz, etc, Gl 5.22, e assumirmos uma atitude hostil ou ranzinza para com os irmãos. Existe principalmente a questão do exemplo, é fácil notar quando existe o clima fraternal entre os irmãos, pelo sorriso espontâneo, pelo abraço, entre outros gestos, e isso também pode ser percebido pelos de fora, a exemplo disso existem muitos irmãos que ao procurarem uma igreja para congregarem, acabam preferindo aquela onde além de serem, melhor recebidos, também observaram as atitudes uns para com os outros. As pessoas estão procurando os lugares onde se prega e se vive a Palavra de Deus, esperamos convencê-las que isso ocorre em nossas igrejas, porém sabemos que o exemplo fala mais que as palavras 1 Jo 3.18, além do mais para aquele que é gentil o Senhor está pronto para abrir as portas 1 Sm 16.18.
c) Educação
O obreiro deve observar regras simples de boa educação como aguardar sua vez de falar, pedir licença ao sair e ao entrar, cumprimentar a todos quanto for possível, evitar gritarias, respeitar a hierarquia funcional usando os pronomes de tratamento corretos (Sr ou você), nisso estaremos todos em uma só ligação, além dessas regras existem outras, é só ter um pouco de bom senso e seguir a Palavra de Deus, Mt 7.12.
d) Ética
Ética são códigos de conduta para o bom relacionamento entre as pessoas dentro dos grupos, variam de grupo para grupo, existem ética empresarial, ética política, etc e também existe a ética cristã. São códigos que se forem quebrados podem danificar os relacionamentos, prejudicar a imagem da instituição e até trazer escândalos ao Corpo de Cristo, convém estar atento a alguns procedimentos:
- Celulares, os obreiros devem colocar seus aparelhos para o modo silencioso ou desligarem durante o culto;
- Evitar conversas a parte com irmãs casadas ou entre obreiros casados e irmãs solteiras, a não ser quando for necessário e por breve período de tempo;
- Evitar beijos no rosto e abraços com as irmãs, que se conhece há pouco tempo ou novas convertidas;
- Evitar ficar do lado de fora da igreja durante o culto;
- Evitar andar sem necessidade no meio da igreja durante o culto;
- Ser breve nas oportunidades, evitando principalmente histórias particulares e infindáveis;
- Nas oportunidades, nunca se referir ao problema particular de um irmão por mais que seja do conhecimento de todos;
- Não chamar a atenção dos obreiros diante da igreja, deve-se falar em particular, na presença de outro obreiro ou nas reuniões;
- Evitar o uso de apelidos;
- Respeitar a dor dos outros;
- Ao orar em grupo, deve ser feito com ordem e em comum acordo com os irmãos, para evitar os falatórios sem objetivo;
- Evitar quaisquer atividades que tirem a ligação do culto, como trocar uma lâmpada, arrastar uma mesa, afinar uma guitarra ou bateria, salvo o que for necessário, todo preparo do culto deve ser feito antes;
Além dessas normas, poderíamos citar muitas outras, mas por hora essas parecem ser as mais comuns. O obreiro deve aprender que a ética a ser praticada entre os irmãos do Ministério e destes para com os membros da igreja, é aquela que leva em consideração a pessoa do próximo, seu nível social, seus costumes, seu patamar espiritual, etc. Diante disso entendemos que alem da Ética Cristã, que é comum a todos os crentes, existem também a ética social e a cultural que variam de indivíduo para indivíduo ou entre grupos, nem sempre o que é certo pra mim, será para o meu irmão, um exemplo clássico disso é aquele irmão que tem o costume de cumprimentar as irmãs com beijos no rosto ou às vezes com abraços, esse costume geralmente vem do convívio familiar e não representa nada para aqueles que o praticam, sendo apenas uma mera saudação, mas sabemos que nem todos vêem com bons olhos esse hábito, sendo então recomendável que não se use dessa prática no convívio entre os irmãos em Cristo quando se tratar de novos convertidos ou irmãs, cujos maridos não são convertidos ainda. A manutenção da ética independe do que eu penso ou considero, e sim, leva em conta a Palavra de Deus e o meu próximo.
e) Postura
O obreiro representa a própria igreja e por isso deve sempre manter uma postura condizente com o cargo, função ou atividade que estiver desempenhando, precisa o obreiro estar atento a detalhes como a forma de estar sentado no Ministério ou em pé na portaria. O obreiro deve evitar ficar encostado ou sentado de qualquer maneira, deve manter uma postura ereta, decisiva, séria na sua função mas sem perder a "gentil presença", também deve evitar conversas desnecessárias, tudo que o obreiro fizer durante o culto deve ser em prol da realização deste, salvo em algumas ocasiões quando algum assunto externo urgente requer a sua atenção.
f) Atenção
No transcorrer do culto o obreiro deve estar atento nas atividades do mesmo, há situações que requerem atitudes imediatas, como falta d’água para o ministério, som do microfone falhando, crianças fazendo bagunça na porta do banheiro, fio do microfone embolado, bêbado falando alto desvirtuando a atenção dos membros entre outras, milhares de situações possíveis, por isso é necessário que o obreiro tenha atenção constante.
Em contra partida é necessário que o obreiro mantenha também uma ligação espiritual, como é praticamente impossível que haja atenção aos detalhes do culto e ao mesmo tempo ligação espiritual, recomenda-se que a liderança da igreja mantenha uma escala de obreiros responsáveis pela execução do culto, onde seriam escalados dois ou mais obreiros por culto, dependendo do tamanho do templo e disponibilidade de obreiros, para trabalharem no apoio direto à liturgia enquanto os outros ficariam livres para manterem a disciplina espiritual, se ligando na oração, nos louvores, na palavra e no agir do Espírito Santo. Essa escala não livra em absoluto os outros obreiros de atuarem, podendo ser acionados a qualquer momento para ajudarem em alguma tarefa.
Os obreiros devem, a todo custo, evitar o desligamento (desatenção), principalmente estando assentado ao Ministério, ou o obreiro vai estar no apoio direto ao culto, ou vai estar em ligação espiritual, é estranho ver um obreiro no Ministério ou na portaria com o olhar distante, distraído, disperso, talvez preocupado com alguma coisa ou pensando em algo que para ele no momento é mais importante ou interessante do que o culto. O ideal no culto é que todos estejam unidos em um só propósito, que é o de adorar ao Senhor e os obreiros devem ser os primeiros a colaborar neste sentido, se isso não for observado pelos obreiros, corre-se o risco de oferecermos um culto frio e arrastado ao nosso Deus.
g) Iniciativa :
A iniciativa é uma qualidade que faz com que o indivíduo tome atitudes preventivas ou corretivas, sem que para isso seja preciso alguma ordem. Essa uma das qualidades que mais se espera de um obreiro, isso é que ele desenvolva a iniciativa, a Obra de Deus sofre por causa de obreiros que não tem iniciativa. Todo obreiro, ao verificar algo que precise ser feito ele deve imediatamente fazer, e trabalho é o que não falta. Veja como deve se considerar aquele que espera uma ordem de alguém para executar alguma tarefa:

"Porventura agradecerá ao servo, porque este fez o que lhe foi mandado? Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer" Lc 17.9,10

A aplicabilidade dessa palavra é impressionante para os nossos dias, pois alguns obreiros por não conhecerem esta temática vão se tornando inúteis para o serviço da Casa do Senhor. Tarefas simples são simples de se executar, tais como, bancos desarrumados, banheiro sujo, secretaria desorganizada e etc, para isso é necessário que os obreiros estejam atentos a esses detalhes que podem passar desapercebidos. O interessante dessa Palavra é que esse ensinamento é cobrado no meio secular, fica evidente essa verdade: Aquele de souber desenvolver a iniciativa, terá grande sucesso em sua vida em todas as áreas.
h) Envolvimento
O obreiro deve procurar se envolver nas atividades da igreja, como em um jogo de futebol quando algum jogador está com a bola, os outros correm para se desmarcar e ficar em condições de receber o passe, também nas atividades da igreja, o obreiro deve estar sempre em condições receber a bola, sempre se apresentar para os trabalhos. O obreiro deve ser aquele membro com quem o pastor pode contar para auxiliar nos projetos e realizações
h) Proatividade
Esse é um termo relativamente novo mundo, diz respeito às atitudes preventivas em um determinado projeto ou tarefa, é o ato de se prever possíveis necessidades ou falhas no futuro. Diríamos que proatividade é a soma de iniciativa e envolvimento nos diversos projetos e realizações da igreja. Ex: ao ser marcado um culto ao ar livre, o obreiro deve, antes de tudo, pensar em coisas como som, folhetos, ponto de luz para a instalação do som e etc, ainda que não seja da sua alçada. O obreiro não deve se comportar como se não fosse responsabilidade dele, a realização de algum trabalho na igreja.
i) Equilíbrio:
O obreiro deve a todo custo ter um comportamento equilibrado, ele deve saber identificar o momento de descontração e o momento de assumir a postura séria para as atividades, e ao descontrair deve evitar brincadeiras extravagantes, piadas a fora de tempo, ou com temas duvidosos (infames, com mentiras Pv 26.18,19 , com o Espírito Santo ou com algum personagem bíblico) O obreiro deve se lembrar que: "Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que refreia os lábios é prudente" Pv 10.19
j) Prontidão :
O obreiro pode, na sua essência, ser comparado ao soldado e am qualquer atividade da igreja ele é como o soldado em combate, por isso ele precisa estar sempre em prontidão para atuar em qualquer frente, seja para trazer a igreja uma saudação da Palavra de Deus, tirar dois ou três hinos da Harpa, fazer abertura do culto, iniciar a EBD, etc, nenhuma atividade deve deixar de ser realizada por falta de obreiros, é necessário o obreiro estar preparado.
l) Pontualidade :
O quesito que rapidamente aparece no obreiro é a sua pontualidade, na etiqueta secular, tolera-se um atraso de no máximo dez minutos, mas nas atividades da igreja os obreiros devem sempre chegar antes que os membros, ainda que isso não tenha sido anunciado. Alguns ministérios elaboram a escala com dois ou mais obreiros escalados para cada evento, para chegarem mais cedo, abrirem a porta, prepararem o som e etc, porém o restante que não estão escalados devem no entanto chegar no horário marcado ou para a oração, ou para o início do culto. A pontualidade é um ponto fraco no movimento pentecostal, a maioria das igrejas pentecostais, sofrem com atraso, geralmente ao iniciarem os cultos, o total presente na igreja é sempre abaixo dos 50 % do total dos membros, uma forma de combater isso é o ministério trabalhar a questão da pontualidade, iniciando os cultos no horário previsto e terminando também na hora determinada e os obreiros dando o exemplo de pontualidade para o restante do Povo de Deus.
m) Amor :
O obreiro não deve esquecer nunca do amor, tanto para com Deus, como para com os irmãos e entre os próprios obreiros, é lamentável quando um obreiro busca o rápido crescimento ministerial e por conta disso toma atitudes que não estão nos padrões da Palavra de Deus, a própria Palavra do Senhor nos assegura que toda uma vida na obra pode ser perdida se não tiver amor 1 Co 13.1-3, é necessário que o obreiro se examine e procure dentro de si mesmo, os reais motivos que o levam a fazer a obra do Senhor. Encontramos muitos obreiros, com longos anos de trabalho na obra e que são homens e mulheres usados pelo Senhor, mas que de repente se desviam, muitas vezes o que motiva essa atitude é o fato de eles estarem muito tempo na obra do Senhor, por outras razões e não o amor às almas e a obra de Deus, ou então no decorrer da caminhada eles se esfriaram no amor Mt 24.12.


Aspectos Funcionais
Dirigente do cultoEssa função normalmente é desempenhada pelo pastor da igreja ou por algum presbítero, mas isso não quer dizer que nenhum diácono possa receber essa incumbência, contudo aquele que estiver na responsabilidade de dirigir o culto, seja por escala prévia ou por determinação pastoral imediata, deve observar os seguintes requisitos:
a:Estar preparado para essa importante tarefa, mesmo que tenha sido pego de surpresa, não deve o obreiro estar despreparado;
b:Observar a liturgia do culto, que normalmente segue esta seqüência simples: oração pelo início, louvor da Harpa Cristã ou outro hinário, palavra devocional ou introdutória, apresentação dos visitantes, distribuição de oportunidades, recolhimento dos dízimos e ofertas, mensagem da Palavra de Deus, anúncios e benção apostólica. Com certeza esta seqüência litúrgica, não será a mesma em todas as denominações, damos aqui somente uma base para a compreensão;
c:Para a Palavra devoçonal, que é a palavra introdutória, o dirigente deve pedir que um irmão ou irmã ore por aquele que irá ler a Palavra e passar a oportunidade para este. É interessante, que o irmão ou irmão que fizer menção da Palavra introdutória seja o de maior ascendência funcional, um pastor, missionário(a), evangelista ou presbítero e não deve ser o mesmo que ministrará a Palavra na hora da pregação.
d: haverá um ou dois obreiros que conduzirão o culto: o responsável, que é o obreiro de maior ascendência funcional e o dirigente do culto, que é o obreiro escalado para esse fim, geralmente um obreiro faz as vezes de responsável e dirigente do culto.
e:O dirigente pode a qualquer momento, convocar a igreja para fazer uma oração específica, mas é imprescindível que se faça oração pelo início, pela palavra devocional, recolhimento de dízimos e ofertas, pelo pregador e pelo término;
f:ao adentrar ao templo algum obreiro com ascendência funcional ao dirigente e que seja do mesmo campo ministerial, este deve passar a direção do trabalho para aquele;
g:após a mensagem da palavra do Senhor o dirigente do culto deve entregar a direção do trabalho para o responsável ou para aquele de maior ascendência funcional;
h:nas situações em que a direção do trabalho for entregue a qualquer pastor do campo ou quando for feita apresentação de algum pastor visitante o dirigente deve pedir que a congregação fique de pé para tais procedimentos;
i:o dirigente deve evitar que o culto esfrie, ou seja, o ambiente do culto deve estar sempre numa atmosfera de adoração, para isso é interessante que o dirigente anuncie com antecedência qual irmão ou grupo receberá a próxima oportunidade, e pedir que um obreiro, peça o respectivo CD para a ministração do louvor, isso para evitar aqueles momentos vagos enquanto play-back está sendo preparado; e
j:a apresentação dos visitantes deve ser feita pelo porteiro ou por algum obreiro encarregado destas anotações, se houver apresentação de obreiros, esta deverá ser feita por algum presbítero ou pastor;
Obs: Apontamos aqui alguns procedimentos genéricos para a boa direção de culto, algumas denominações tem em seus regimentos litúrgicos internos, outros procedimentos e outras têm seus próprios costumes.


Palavra Devocional


A liturgia do culto, nas Assembléias de Deus e em algumas outras denominações, prevê a Palavra de abertura, também chamada de Palavra Introdutória ou Palavra Devocional, todo obreiro neste caso deve estar pronto para fazer menção da Palavra de abertura, neste caso o obreiro deve observar alguns detalhes fundamentais como:
1-
O texto a ser escolhido deve ter um contexto, não se deve escolher versículos isolados. 2-Dê preferência aos textos que narrem fatos completos. Ex: uma parábola, um salmo ou um acontecimento;
3-Não se deve escolher textos muito longos;
4-Não se deve explicar a Palavra Devocional, apenas o obreiro deve ler e convidar os irmãos para orar.
5-É interessante seguir o contexto do culto, por exemplo, em um culto de missões pode ser lido sobre as viagens missionárias de Paulo, em um culto de ações de Graça pode-se ler sobre o cântico de agradecimento de Ana;
6-O obreiro dar preferência aos textos que sejam de fácil compreensão para os irmãos, evite passagens muito complexas.


Portaria


1-De não menos importância para o igreja é a portaria, pois equivale ao cartão de visitas da casa, o obreiro que estivar no cargo portaria deve procurar seguir tudo que foi ensinado sobre apresentação individual e além disso alguns detalhes a seguir:
2-Deve o obreiro ser simpático, estar sempre com um sorriso para receber os convidados e visitantes;
3-Se não houver outro obreiro para conduzir os visitantes aos lugares vagos, para evitar que estes fiquem em pé sem saber onde sentar;
4-O obreiro na portaria deve manter sempre pronto uma prancheta e caneta para as anotações de dados dos visitantes, como igreja, pastor, nome de grupo, etc;
5-O obreiro da portaria deverá fazer as apresentações dos irmãos visitantes;
6-Quando houver ministros visitando a igreja o obreiro da portaria deve pedir a credencial, conferir a validade e passar para o ministério ou para o dirigente fazer a devida apresentação;
7-O obreiro da portaria deve estar também atento às crianças que eventualmente tentam sair da igreja sem que suas mães percebam;
8-O obreiro na portaria deve comportar-se como uma sentinela, nunca deverá estar de olhos fechados ou distraído com alguma coisa;
9-Durante a leitura da Palavra Introdutória, o obreiro que estiver na portaria deve solicitar aos irmão que não circulem pela porta, mas que aguardem o término da leitura.

BIBLIOGRAFIA


DICIONARIO TEOLÓGICO CPAD


"Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja."

1 Tm 3.1
Objetivos

domingo, 10 de julho de 2011

Lo Debar não é mais o seu lugar!

lodebar
Muitas vezes somos expostos a sentimentos, emoções e situações que geram feridas profundas em nossa alma e acabam por influenciar nossas atitudes, a forma como nos relacionamos com outras pessoas e até mesmo nossa condição de vida.
Em I Samuel 18:1-4, vemos o estabelecimento de um pacto de amor entre Jonatas, filho do rei Saul e príncipe herdeiro do trono, e Davi, ungido por Deus para ser o próximo rei de Israel. No capítulo 31:2 vemos a morte de Jonatas e, em II Samuel 1:26 vemos Davi chorando a morte de Jonatas.
Em II Samuel 4:4 somos apresentados a Mefibosete, filho de Jonatas que, aos cinco anos de idade, tornou-se aleijado devido a uma queda quando sua ama saiu às pressas, após receber a notícia da morte de Saul e Jonatas.
Esse menino, neto do rei e filho do príncipe herdeiro, estaria destinado à sucessão do trono de Israel, caso seu pai não tivesse morrido. Agora, aleijado, já não teria mais o direito de pleitear ao trono. Não teve uma infância normal. Não correu com as outras crianças. Foi levado a Lo Debar, e lá ficou e foi levando sua vida. Já não possuía mais a riqueza de Saul e Jonatas. No esquecimento, na obscuridade, vivia em Lo Debar.
Porém, muitos anos depois, Davi lembrou-se daquela aliança com Jonatas e procurou saber se havia algum descendente vivo, para que pudesse usar de bondade para com ele (II Samuel 9:1-13). Falaram-lhe sobre Mefibosete. Imediatamente, pediu que o trouxessem à sua presença. Mefibosete apresenta-se como “um cão morto”. Aqui vemos a auto-estima de um homem que não tinha mais perspectiva alguma na vida. Um cão morto. Nem se considerava mais gente. Simplesmente um cão morto.
Naquele momento, por amor a Jonatas, Davi lhe restitui tudo que pertencia à sua família, ao seu pai e ao seu avô. Davi também determina que, daquele dia em diante, ele comeria todos os dias à sua mesa e seria tratado como um de seus próprios filhos.
De cão morto em Lo Debar a filho do rei em Jerusalém.
Assim Deus faz conosco. Por amor a Jesus, que morreu por nossos pecados, Deus nos chama de Lo Debar, aquele mundinho que criamos para nos escondermos das circunstâncias adversas da vida e acabamos nos acostumando à miséria, auto-comiseração, mediocridade, inércia, medo, frustração, falta de perspectiva.
Deus nos chama de Lo Debar para o Seu palácio onde, por amor de seu filho, ele nos oferece sua mesa, para que dela comamos todos os dias, em sua presença. Na mesa do rei está todo o suprimento que necessitamos. E está lá, à nossa disposição. Somos tratados como filhos e já não temos mais nada a ver com Lo Debar. A única coisa que temos que fazer é comer da mesa do rei. Nos alimentarmos da Sua Palavra, em sua presença, todos os dias de nossas vidas.
Nesse momento, tudo o que vivemos em Lo Debar já não conta.
Entretanto, muitas vezes nós saímos de Jerusalém e retornamos a Lo Debar. Quando não damos ouvidos à Palavra de Deus, quando não entramos em sua presença em oração e permitimos que os velhos medos, frustrações, desesperos, falta de perspectiva ocupem novamente nossas mentes.
A boa notícia do evangelho é clara: LO DEBAR NÃO É MAIS O SEU LUGAR! Você foi chamado pelo rei para comer da sua mesa. Deixe Lo Debar para trás e nunca mais retorne para lá, você não precisa mais disso. Jesus já pagou o preço, sofreu em nosso lugar, para que agora tenhamos acesso ao trono do Pai.

"Não deixando de congregar”.


Não deixando de congregar”.
                 
Hebreus 10.24-25


24 Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. 25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.
Um freqüentador de igreja escreveu para o editor de um jornal e declarou que não faz sentido ir aos cultos todos os domingos.
"Eu tenho ido à igreja por 30 anos e durante este tempo devo ter ouvido uns 3.000 sermões. Mas, por minha vida, com exceção de um ou outro, eu não consigo lembrar da maioria deles... Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os pastores também estão desperdiçando o tempo deles".
Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor", para alegria do editor chefe do jornal, que recebeu diversas cartas, das quais, ele decidiu publicar esta resposta de um outro leitor: "Eu estou casado há mais de 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 3.000 refeições. Mas, por minha vida, com exceção de uma ou outra, eu não consigo me lembrar da maioria delas, mas de uma coisa eu sei, todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, eu e nossos filhos estaríamos desnutridos ou mortos. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar minha alma e de minha família, estaríamos hoje em terríveis condições espirituais".
Nem só de pão viverá o homem,mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.Mateus 4.4
O texto da carta aos Hebreus, traz nos versículos anteriores explicações a respeito dos sacrifícios do Antigo Testamento, que não podem substituir o sacrifício de Jesus, pois tal sacrifício nos deu acesso ao Santo dos Santos, local no Templo de Israel, onde no Antigo Testamento era revelada a presença de Deus. Então o escritor da carta aos hebreus vem nos explicar, que todos nós podemos nas orações, nos cultos, nos louvores, pelo sacrifício de Jesus, o Novo e Vivo Caminho, adentrar no Santo dos Santos,onde é revelada a presença de Deus.
Hebreus 10.19-22:
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.”
Porque temos acesso a revelação da presença de Deus, o texto nos diz: “aproximemo-nos”. Mostrando que todos os crentes devem aproximar-se a este local, a este nível de adoração.
Nesse contexto, de nos aproximarmos da presença de Deus, é que o Senhor através do escritor de hebreus nos adverte, Vrs.25: 25 “ Não deixemos de congregar-nos...”
O dicionário Online de português define congregar da seguinte forma: “Convocar, reunir. agregar, juntar, reunir, reunir-se em congresso”.
NVI traduz a nós o verso 25 da seguinte forma:
"Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia."
Por que é importante nos reunirmos como igreja?

1ª Importância: O encorajamento mutuo (v.25)
“antes, façamos admoestações”
NVI – “mas procuremos encorajar-nos uns aos outros”.
O texto expressa que a atitude contrária do deixar a reunião da igreja, é o encorajamento de uns para com outros. É importante estarmos nos reunindo, congregando, porque nossas reuniões trazem a admoestação, o encorajamento para vivermos a nossa fé em meio ao mundo, onde estamos inseridos.
Na igreja, ao nos encontrarmos, somos fortalecidos, recebemos a palavra do Senhor através da pregação, através da vida de nossos irmãos, através dos dons do nosso próximo. Na igreja recebemos orações de uns para com os outros, e ganhamos energia espiritual para continuarmos a batalha.

2ª Importância: Alimentação Espiritual ( Deuteronômio 8.3)
“8.3 Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem.”
No texto lido Moisés relembra o sustento de Deus no deserto, quando Israel todos os dias recebia milagrosamente o maná, um tipo de pão que caía sobrenaturalmente dos céus para alimentar o povo por quarenta anos no deserto. E Moisés aplica aquilo que o Senhor Jesus ao ser tentado repetiu: “não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem.”
Assim, entendemos que nós não apenas precisamos de alimento físico, mas muito mais precisamos de alimento espiritual, de pão espiritual. Esse pão espiritual é a “palavra que procede da boca de Deus”. Essa palavra é nosso sustento, é nosso alimento. E a igreja, as nossas reuniões são a casa desse pão, a casa do pão espiritual- é na reunião da igreja que recebemos a porção da palavra de Deus, essencial para vivermos.
Entendemos assim que a igreja é a casa do pão. A igreja, casa do pão é representada de maneira muito clara no livro de Rute. ( Rute 1.1-6)

1.1 Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos. 2 Este homem se chamava Elimeleque, e sua mulher, Noemi; os filhos se chamavam Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; vieram à terra de Moabe e ficaram ali. .3 Morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com seus dois filhos, 4 os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. 5 Morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido. 6 Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o SENHOR se lembrara do seu povo, dando-lhe pão.

Elimeleque morava com sua esposa e dois filhos em BELÉM ( no hebraico – CASA do Pão) Bet –casa Lém – Pão, mas havia fome na terra, e não havia pão na casa do pão, onde morava Elimeleque com sua família. Eles saem da Casa do Pão e vão para Moabe (lugar de idolatria, lugar dos prazeres) Em Moabe , Elimeleque morre, os filhos de Noemi casam-se e morrem, então Noemi ouve que havia pão na Casa do Pão e resolve voltar, havia pão em Belém- e volta para lá, junto com sua nora Rute, sua outra nora Orfa porém, resolveu voltar para sua família. De volta a Bélem, Rute casa-se, e Noemi, juntamente com Rute, saem da pobreza e da miséria, pois estavam no lugar onde havia pão.
Belém é uma figura clara da igreja, onde há o pão, onde há a palavra de Deus . Na igreja não pode faltar pão, não pode faltar a palavra de Deus. Vemos nessa história que quando nos afastamos de Belém e vamos para a terra da idolatria (MOABE) existe morte e fracasso, porém quando estamos na Casa do Pão, no lugar onde Deus está falando encontramos prosperidade e vida eterna.
Noemi foi a pródiga que deixou a Casa do Pão quando a mesa ficou vazia. Entretanto, quando ouviu que Deus havia restaurado o Pão em Belém, a Casa do Pão, rapidamente retornou. Os pródigos voltarão de Moabe, quando souberem que o Pão está de volta em casa e não virão sozinhos. Noemi voltou à Casa do Pão acompanhada de Rute, que nunca havia estado lá antes. Aqueles que nunca vieram, virão. Como resultado, Rute tornou-se integrante da linhagem messiânica de Jesus, quando ela se casou com Boaz e lhe deu um filho chamado Obede, que foi o pai de Jessé, o pai de Davi O avivamento verdadeiro trará os perdidos para a Casa do Pão. Pessoas que nunca adentraram as portas de uma igreja na vida, quando ouvirem que realmente há Pão na casa, virão correndo atrás do cheiro de pão quente dos fornos dos Céus!
Essa é a 2ª Importância de nos reunirmos como igreja: Alimentação Espiritual


3ª Importância: A bênção da consagração, condicionada a união ( Salmo 133)
O salmo 133, fala sobre a importância da união dos filhos de Deus, e vem descrevendo essa união na figura da unção sacerdotal, Arão foi o 1º sacerdote instituído por Deus em Israel, ainda no deserto, quando Israel saiu do Egito. Então falar da unção de Arão, é falar da consagração que estava sobre ele. Mas, o salmo fala dessa união entre os irmãos nesse sentido de consagração. Então, é na união e na reunião da igreja que o Senhor ordena essa consagração.
133.1 [Cântico de romagem. De Davi] Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. 3 É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre.


Quando nos reunimos como igreja, estamos não apenas nos reunindo, mas nos conhecendo, exercitando o amor, perdoando uns aos outros, sendo edificados, assim a nossa reunião deixa de simplesmente ser uma reunião e passa a ser uma união.

4ª Importância : A manifestação da presença de Jesus (Mt 18.20)
" Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles." Nós cremos que Deus está presente em todos os lugares. Ele é onipresente, mas existe diferença entre a presença de Deus, e a manifestação da sua presença. Jesus está se referindo aqui sobre a sua presença no que se refere a manifestação do seu poder, como manifestava-se com seus discípulos.
Uma tradução mais exata de Mateus 18:20 seria esta: “Porque, onde foram dois ou três reunidos para o meu nome, ali estou no meio deles”.Assim fica claro, que não são as pessoas que se reúnem, mas, sim, que existe alguém que os reuniu.
O Senhor Jesus prometeu estar no meio onde dois ou três estiverem reunidos em Seu nome(Mateus 18:20). Freqüentemente, os cristãos fazem uso deste versículo para afirmar que o Senhor está sempre no meio quando cristãos estão juntos. Embora, se isto fosse o significado, o Senhor teria prometido de estar no meio dos dois ou três reunidos, sem as palavras restritivas: “em meu nome”. Esta distinção é importante. Nós notamos também que o Senhor diz: “foram reunidos”, indicando assim que tem alguém que os reúne, o Espírito Santo.
Quando estamos aqui na igreja, estamos em nome de Jesus porque o Espírito Santo nos trouxe aqui.
Entendemos que nos reunirmos na igreja é obra do Espírito Santo. E é nessa reunião que o Senhor manifesta-se com seu poder.

Conclusão
Assim, como talvez você não lembre daquilo que tem alimentado seu corpo, talvez você não lembre de boa parte das pregações e mensagem que aqui foram trazidas. Mas, entendemos, que o alimento trouxe sustento e vida para o nossos corpo, e nossa alma recebe um alimento nessa casa que traz sustento e vida eterna para a alma. Nem só de pão viverá o homem,mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.Mateus 4.4
Nesse contexto, de nos aproximarmos da presença de Deus, é que o Senhor através do escritor de hebreus nos adverte, Vrs.25: 25 “ Não deixemos de congregar-nos...”
A importância de nos reunirmos como igreja
Por que é importante nos reunirmos como igreja?
1ª Importância: O encorajamento mutuo (v.25)
“antes, façamos admoestações”
NVI – “mas procuremos encorajar-nos uns aos outros”.
2ª Importância: Alimentação Espiritual ( Deuteronômio 8.3)
3ª Importância: A bênção da consagração, condicionada a união ( Salmo 133)
4ª Importância : A manifestação da presença de Jesus (Mt 18.20)

“Assim eu te contemplo no santuário para ver a tua força e a tua glória” – Salmo 63.2

Por:Evangelista Rivelino

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela...

Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Efésios 5:25.26.27.
Diante da situação atual da "Igreja" muitas pessoas chegam a se perguntar o que está acontecendo, porque parece que os valores, mesmo em meio ao povo que deveria servir de exemplo do Caráter de Deus, da Natureza Santa de Deus, os valores vão se invertendo, dia após dia vemos mais esquisitices e aberrações, são concessões a isso, concessões aquilo. Tornando, num termo coletivo, a Igreja de nossos dias muito parecida com a Igreja de Laodicéia, repreendida no Livro de Apocalipse, a qual tinha título de Igreja, mas que O SENHOR afirma que estava do lado de fora da Igreja. (Apocalipse 3:20)
Uma sucessão de escândalos sem fim, onde pessoas de altos escalões apostatam ou abandonam a fé, dizendo-se mudar de idéia, mudar de visão e começam a sucatear o Evangelho num precinho tão barato que em muito o faz assemelhar à vida mundana.
JESUS morreu para arrancar o mundanismo do coração daqueles que desejam viver uma vida na busca da purificação e santificação que agradam a DEUS.
Ninguém por mais inocente que seja pode presumir que O DEUS SANTO, Criador dos céus e da terra, se agrade de que aqueles que se professem "seus filhos" vivam entregues a todo tipo de pecado, sem nenhum constangimento e ainda dizendo que isso é comum, é porque os tempos mudaram. Francamente.
Os tempos mudaram, MAS DEUS É ETERNO, Ele é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente (Hebreus 13:8). E aqueles que O servem com sinceridade SE AFASTAM SIM! Da vida pervertida, sexualmente imoral, mundana, entregue a todo tipo de enganos, falsidades, mentiras, negócios ilícitos e tudo quanto é profano, impuro e imoral.
JESUS advertiu que os finais dos tempos seriam marcados por um esfriamento do amor de "quase todos" EXATAMENTE por causa do aumento da iniquidade ou seja do pecado, da licenciosidade. (Mateus 24:12)
MAS QUE NÃO SIRVA DE INCENTIVO para ninguém que queira sinceramente agradar a DEUS e morar no Céu, viver uma vida desregrada, só porque "A MAIORIA" está vivendo assim.
DEUS tem na terra o seu remanescente fiel, que não se dobrará ante os deuses deste mundo, e nem se corromperá pela maldita ganância pelo dinheiro e por status. Pois sabemos que nossa Pátria não é aqui. Antes aguardamos a Nova Jerusalém que descerá no Céu, onde não habita impureza, nem maldade, nem pecado.
Tenhamos gravado em nossas mentes: Sem santificação, NINGUÉM verá O SENHOR. (Hebreus 12:14).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A LÍNGUA DO CRENTE

 


- Não temos noção, talvez muito pouco, da importância da nossa língua.

- A língua enquanto órgão desempenha papel importante na articulação dos sons, sobretudo enquanto conjunto das palavras ou expressões usadas por um povo, ou o conjunto de regras de sua gramática; idioma.

- É essencial para haver a comunicação entre os homens, e não imprescindível, pois sabemos que existem vários tipos de linguagem.



- Mas a língua, de um modo em geral, nos permite levar as boas novas de salvação aos perdidos, louvar ao Senhor com cânticos de adoração, orar ao Senhor, dar testemunho de uma verdadeira vida cristã, etc.

- Assim como a língua pode ser um meio de salvação também pode ser de perdição.

- Se pecarmos em pensamento, não devemos falar o que pensamos e sim, pedir perdão ao Senhor pelo que pensamos:

“Porque Quem quer amar a vida,
e ver os dias bons,
refreie a sua língua do mal,
e os seus lábios não falem engano.”.
(1º Pedro 03:10).

- Nós crentes generalizamos o pecado da língua como falar palavrão, esse é apenas um deles.

- Portanto, cuidado adolescentes e jovens, nossos lábios devem ser puros.



- Mas também pecamos quando maldizemos o nosso irmão, vizinho, parente ou colega de trabalho, assim como, quando reclamamos em uma fila de espera por exemplo.

- Temos que ser semelhantes a Jesus, sendo exemplos de mansidão e refreando nossa língua:

“Se alguém entre vós cuida ser religioso,
e não refreia a sua língua,
antes engana o seu coração,
a religião desse é vã.”.
(Tiago 01:26).

- Então devemos pensar muito antes de falar, pois fazendo assim, evitamos muitos problemas e o Senhor se alegrará com o nosso viver.

“Porque está escrito:
Como eu vivo, diz o Senhor,
que todo o joelho se dobrará a mim,
e toda a língua confessará a Deus.”.
(Romanos 14:11).



- Usemos nossa língua para louvar e bendizer o nome do Senhor.


"A ÚNICA VERDADE QUE LIBERTA É A DE DEUS
AS OUTRAS APENAS MACHUCAM"

O poder da língua do crente!

No livro “A Língua – Domando esta fera”, do Pr. Josué Gonçalves, o autor procura mostrar algumas razões por que a Bíblia insiste nas advertências quanto ao uso disciplinado da língua:
1° – A indisciplina no uso da língua destrói amizades e separa amigosPv 17.9: “Aquele que encobre a transgressão busca a amizade, mas o que revolve o assunto separa os maiores amigos.”

2° – A língua é uma influência maior quando usada para o mal do que para o bem;

3° – Através do mal uso da língua espalha-se o veneno no Corpo de Cristo (a Igreja); Tg 3.8: “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. ”

4° – A qualidade da vida em família depende do que é falado no lar; 1 Pe 3.10: “Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano. ”

5° – O destino da alma de uma pessoa é determinado pelas suas palavras; Mt 12.36,37: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.”

6° – O estado da alma de uma pessoa depende do que sai da sua boca; Pv 21.23: “O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.”

7° – A autenticidade da religião se manifesta através do que falamos; Tg 1.26: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.”

8° – Palavras podem contaminar como um vírus; Mt 15.11: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.”

9° – O que sai da boca revela o que está no coração; Mt 12.34: “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.”

10° – O que sai da boca do cristão pode ser bênção ou maldição; Tg 3.10: “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.”

FONTE: Revista Lições da Palavra de Deus (Ed. Central Gospel), n° 14